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Estados Unidos alertam contra laparoscopia para tratar fibromas uterinos

Agência americana de alimentos e medicamentos (FDA) alerta para risco de propagação de células cancerígenas

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AFP - Agência de Notícias Publicação:25/11/2014 11:40
A agência americana de alimentos e medicamentos (FDA) advertiu nesta segunda-feira (24/11) contra a realização de cirurgias mediante laparoscopia para eliminar fibromas uterinos, devido aos riscos de propagação de células cancerígenas.

O procedimento, aplicado na grande maioria das mulheres para tratá-las de fibromas no útero, permite fragmentar o tecido para extraí-lo em pequenos cortes, evitando uma intervenção cirúrgica invasiva. A FDA sugeriu que esta técnica traz o risco de propagar tecido cancerígeno, com potenciais consequências fatais.

A instituição recomendou aos fabricantes de aparelhos para laparoscopia que incluam uma advertência em suas embalagens sobre as contra-indicações para "fornecer a médicos e pacientes informação sobre o risco de propagar tecido cancerígeno quando este procedimento é aplicado".

A FDA emitiu um alerta em abril passado sobre a técnica, mas agora a ampliou para a "grande maioria das mulheres".

Os estudos demonstram que uma em cada 350 mulheres que se submetem a histerectomia ou miomectomia - para extirpar o útero ou miomas - sofre, também, de um tumor uterino canceroso que não tinha sido detectado previamente.

Em intervenções mediante laparoscopia, "há um risco de que o procedimento propague o tecido canceroso no abdômen e na pélvis, reduzindo significativamente as probabilidades de sobrevivência" do paciente, acrescentou a FDA.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 52.630 novos casos de câncer de colo do útero foram diagnosticados nos Estados Unidos em 2014 e 8.589 mortes atribuídas a esta causa.

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