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Saúde Plena conquista primeiro e segundo lugares em prêmio do Sindicato dos Jornalistas

Matéria sobre violência obstétrica é grande vencedora na categoria internet e série de reportagens sobre crianças refugiadas fica em segundo

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Da redação Publicação:18/12/2014 10:44Atualização:18/12/2014 10:56
A cerimônia de premiação do 8° Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, foi uma grata surpresa para o Saúde Plena. As reportagens 'Violência obstétrica: se você ainda não acredita, escute essas mulheres' e a série 'Crianças Refugiadas: o desafio do recomeço', ambas de autoria da jornalista Valéria Mendes, conquistaram o primeiro e segundo lugares, respectivamente, na categoria internet, a segunda com o maior número de trabalhos inscritos.

Integrante da equipe do Saúde Plena desde a estreia do site em abril de 2013, Valéria Mendes fala sobre a dupla premiação: “O que me deixa mais feliz é o reconhecimento da importância em se discutir os direitos das mulheres na mídia. Não raramente ouço de colegas de profissão que as pautas do feminismo estão superadas. Não estão. As mulheres ainda precisam lutar para garantir seus direitos reprodutivos e sexuais. E a violência obstétrica, que atinge uma em cada quatro mulheres brasileiras, está aí para evidenciar que até a medicina reproduz a cultura da invasão sobre o corpo da mulher. Por isso, o jornalismo precisa abraçar não apenas essa pauta, mas também as que discutem a descriminalização do aborto, o assédio sexual e a violência de gênero”.

Uma em cada quatro mulheres brasileiras é vítima de violência obstétrica. FOTO: Projeto 1:4 - Retratos da Violência Obstétrica  (FOTO: Projeto 1:4 - Retratos da Violência Obstétrica )
Uma em cada quatro mulheres brasileiras é vítima de violência obstétrica. FOTO: Projeto 1:4 - Retratos da Violência Obstétrica


Na matéria sobre crianças refugiadas, Valéria apontou o difícil caminho que vítimas de conflitos religiosos e políticos em seus países seguem na acolhida no Brasil. “A estrutura de apoio aos refugiados é focada em questões práticas, de extrema importância, como matrícula em escola e vacinas para as crianças, trabalho para os adultos, liberação de documentos. No entanto, o trauma de ter que fugir de seus países muitas vezes sob ameaça de morte é ignorado. E, no caso das crianças, negligenciado”, afirma a jornalista.

Crianças angolanas refugiadas em São Paulo (Lilian Lima/IKMR)
Crianças angolanas refugiadas em São Paulo


Mais prêmios
O Saúde Plena é um dos sites do Portal Uai/Em.com e integra o grupo Diários Associados que recebeu outras quatros troféus no Prêmio Délio Rocha. O repórter fotográfico Leandro Couri, do Jornal Estado de Minas, conquistou o primeiro e terceiro lugares na categoria reportagem fotográfica (jornal e revista) com as imagens que ilustraram a matéria “Livres para destruir” e “Fogo avança e mata”, respectivamente.

As séries “A real abolição”, de autoria do repórter Paulo Henrique Lobato, que trata da desigualdade social e econômica entre a população negra e a branca, ficou com a segunda colocação na categoria reportagem impressa (jornal e revista). Junia Oliveira ficou em terceiro lugar com a matéria “Uma guerreira anônima”, que mostrou a luta da dona de casa Maria José Almeida, mãe de três crianças, sendo duas cadeirantes. Moradora de Ribeirão das Neves, ela pega quatro ônibus para tratar os filhos na Associação Mineira de Reabilitação, no Bairro Mangabeiras, na Região Centro Sul de BH.

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