Em meio ao momento em que vivemos, em que as discussões sobre os royalties do petróleo dominam o ambiente político, o ministro da Educação Aloizio Mercadante disse, em Recife, que o investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação, previsto pelo Plano Nacional de Educação para os próximos dez anos, deve estar atrelado à luta pelos 100% dos royalties do petróleo para a educação.
Mercadante fez referência à medida provisória que destina à educação 100% dos royalties das futuras concessões de petróleo e gás. Também à educação serão destinados 50% dos rendimentos do Fundo Social, integrado pelos recursos do pré-sal.
Segundo o ministro, os royalties são a única fonte de financiamento realista para viabilizar o investimento de 10% do PIB na educação. Em previsão feita pelo governo federal, caso os royalties do petróleo sejam vinculados à educação, já em 2013 renderia R$ 16 bilhões para o setor. “Teríamos um fluxo de investimento fantástico”, disse Mercadante.
Atualmente, União, estados e municípios aplicam, juntos, 5,3% do produto interno bruto (PIB) em educação, por ano. Pela Constituição, a União é obrigada a aplicar ao menos 18% de suas receitas; estados e municípios, 25%. A MP prevê que os recursos dos royalties para educação serão adicionais aos mínimos exigidos por lei.