O perigo que vem do céu
Aprenda a se proteger dos raios ultravioletas
Óculos escuros, chapéu, sombrinha e filtro solar. Estes produtos, úteis durante qualquer passeio pelo belo litoral brasileiro, também se tornaram nos últimos anos indispensáveis no dia a dia.
E para quem ainda não está convencido da afirmação, buracos na camada de ozônio estão provocando o aumento da incidência destes raios na superfície terrestre. Consequência? A exposição excessiva à onda pode provocar doenças na pele e nos olhos, portanto, se proteja!
O assunto é preocupante, mas não há motivos para pânico. Conforme meteorologistas, o aumento da incidência de raios UV é normal nesta época do ano, porém, nos últimos três meses, a situação se agravou devido ao fenômeno El Niño. Aldemo Correia, do Centro PUC Minas Tempo/Clima explica que o El Niño provocou irregularidade no período chuvoso, ou seja, menos chuva, mais sol. “Quando o céu está nublado, a incidência de raios UV é bem menor do que um dia ensolarado”.
Existe uma escala que indica o grau de incidência dos raios UV. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 11 a 14 na escala que indica, por exemplo, é considerado extremo, com potencial para desenvolver doenças na pele ou nos olhos, isso se a pessoa permanecer muito tempo sob o sol.
A jornalista Maíra Santos, de 26 anos, sabe muito bem do que o UV é capaz, por isso, não dá trégua para o filtro solar. “Quando tinha 14 anos, fui à praia e não tinha a preocupação de me proteger. No final do dia, percebi que minha pele havia queimado bastante, tive insolação e começaram a aparecer pintas nos meus ombros”.
Ela ressalta ainda que antes de adquirir o filtro solar é importante ler a embalagem do produto, onde consta o fator, com o espectro de proteção, que deve ser contra raios ultravioletas A e B. “Existem produtos com menos riscos de desenvolver alergias e outros que não provocam cravos, para quem tem tendência a espinhas. Essa informação pode ser encontrada no rótulo”.
O encarregado de controle de qualidade João Carlos de Aguiar, de 47 anos, também não dispensa o uso do creme protetor. Ele usa três vezes ao dia o filtro solar de fator 30. E este costume de se proteger está sendo passado para o filho, João Pedro Bastos de Aguiar, de 8 anos. “Antes de ir à aula, aplico o filtro nele e também quando vai jogar futebol com os amigos”. Sobre os benefícios do hábito, João tem apenas elogios, que o motivam a continuar. “Minha pele mudou. Antes ela era áspera, hoje está lisa, isso é visível”. Mas a proteção contra os raios UV não deve restringir-se apenas aos filtros. Óculos, bonés ou chapéus, além de roupas leves que cubram a maior parte do corpo são bloqueios eficientes.
Para os adeptos de esportes radicais ou ao ar livre, a proteção deve ser redobrada. Leonardo Gontijo sabe disso, tanto que ao praticar trekking se preocupa em se proteger, sem é claro, os inseparáveis óculos escuros. “Uso blusas com manga e calça comprida, não faço esporte sem óculos”. Leonardo é oftalmologista e esportista nas horas vagas. “Gosto de praticar em meio à natureza, além do trekking, faço ciclismo, voo livre, remo e agora o kitesurf, que ainda estou aprendendo, por isso esses cuidados são essenciais para a minha saúde”.
Proteja-se
Não saia de casa sem óculos escuros ou de grau com proteção UVA e UVB;
Opte por tecidos leves e que cubram a maior parte do corpo;
Use chapéu com aba larga, pois protege além da cabeça, o pescoço e as orelhas;
Durante passeios ao ar livre use sombrinhas;
Não use protetor solar em crianças menores de seis meses de idade, sem antes consultar um médico;
Todas as recomendações acima valem para quem está na sombra, pois os raios UV podem refletir em qualquer superfície como concreto, areia e água.
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Classificação do Índice UV
1 a 2 – baixo
3 a 5 – moderado
6 a 7 – alto
8 a 10 – muito alto
11 a 14 – extremo
Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS)