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Disque Racismo será lançado em março

Serviço será o primeiro no país, lançado pelo governo

Agência Brasília - Redação Publicação:28/02/2013 18:22Atualização:28/02/2013 18:30

Participantes discutiram durante o fórum a melhor maneira de funcionamento do Disque Racismo ( Foto: Hmenon Oliveira)
Participantes discutiram durante o fórum a melhor maneira de funcionamento do Disque Racismo
 

Um fórum realizado nesta quinta-feira pela  Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal (Sepir) discutiu com a sociedade como poderia ser a criação e implantação do Disque Racismo.

 

O Disque Racismo tem com objetivo proteger os direitos das populações negra, indígena, quilombola, cigana, ribeirinha, além de zelar pela manutenção das religiões de matrizes africanas. Com o serviço, o GDF - por meio da Sepir e o apoio da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) - colocará à disposição da sociedade civil um legítimo canal de comunicação.

"Este é o primeiro Disque Racismo governamental do país. Existem algumas iniciativas desse tipo em outros estados como Rio de Janeiro e São Paulo, mas todas idealizadas pela sociedade civil", explicou o secretário da pasta, Viridiano Custódio de Brito.


Assistência jurídica

 

Além de receber e encaminhar manifestações de discriminação étnico-racial com base em raça, etnia, cor, religião ou origem, o Disque Racismo também acompanhará a adoção de medidas para a promoção da igualdade racial, inclusive oferecendo assistência psicológica e jurídica às vítimas.

"Firmamos uma parceria com a OAB-DF (Ordem dos Advogados do Brasil) para que os Núcleos de Atendimento Jurídico das faculdades de Direito do DF atendam essas pessoas. A expectativa é que, com o trabalho do Disque Racismo e as campanhas de conscientização, o número de denúncias aumente e os casos sejam tipificados da forma correta", acrescentou o secretário.

 

Denunciando o racismo

 

Segundo dados da Secretaria de Segurança enviados à Sepir, 409 ocorrências por preconceito racial foram registradas em todas as delegacias do DF, no ano passado. Entre elas, apenas sete foram tipificadas como racismo – quando uma etnia é atingida ou alguém é cerceado de algum direito por pertencer a esse grupo. As outras 402 foram qualificadas como injúria racial – quando um ser humano é desqualificado por pertencer a um grupo ou etnia.

Para garantir a efetividade no acolhimento e encaminhamento da denúncia, 10 atendentes do serviço 156 receberão um curso sobre o assunto. Eles serão preparados para dar as primeiras orientações à vítima da agressão ou crime, que será orientada a registrar ocorrência na delegacia. Em seguida, o caso será acompanhado.

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