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Direto da África

Vinhedos da África do Sul: clima quente e favorável à produção vinícola

Carolina Godoi - Redação Publicação:06/03/2013 16:51Atualização:07/03/2013 14:23
 (SXC)

Tradicional país produtor de vinhos brancos, a África do Sul, depois do fim do apartheid, intensificou sua produção de tintos e pôde, enfim, se mostrar para o mundo como importante e diversificado fabricante de vinhos. Sétimo produtor mundial da bebida, o país, do abominável regime de segregação racial, denominado apartheid, e do grande líder e pacificador Nelson Mandela, fica no extremo sul do continente africano, e tem longa tradição no mundo vínico. Estrategicamente situado na baldeação entre o oceano Atlântico e o oceano Índico, o país sempre foi importante entreposto de navegação, desde o século 15, como parte do longo e difícil caminho para as Índias.

O verão é longo e muito ensolarado, já o inverno (que dura de maio a setembro) é suave, mas úmido. Estes climas proporcionam condições muito favoráveis à produção vinícola do país. Nem todo mundo sabe disso, mas a partir de 1994, com a eleição de Mandela, o mercado pôde finalmente se abrir para o mundo.

Abençoado por belezas naturais que só podem ser encontradas ali, a África do Sul é fonte das melhores garrafas do continente, que retratam muito bem sua diversidade. “A maior parte dos seus vinhos é feita por grandes cooperativas. No entanto, o melhor vinho da África provém de várias pequenas propriedades particulares”, afirma Renato Costa, empresário do setor, um dos fundadores e professor da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS Minas) e sommelier do restaurante Villa Roberti, em Belo Horizonte.

 É igualmente interessante conhecer de que forma o cultivo dos vinhos foi se estabelecer na região. Em 1652, um grupo de mercenários holandeses desembarcou no Cabo da Boa Esperança para estabelecer uma base de abastecimento ao longo da Rota das Especiarias em nome da Companhia Holandesa das Índias Orientais. O antigo médico do navio, Jan van Riebeck, mandou vir rapidamente cepas da Europa, pois o vinho era considerado um antídoto eficaz contra o escorbuto.

Indicações de rótulos pelo sommelier Renato Costa

 (Eugênio Gurgel)
Avondale Gran Reserva Camissa Syrah 2004 – Paarl
Vinho encorpado com 14,5º de álcool, bem integrado com a madeira, macio, cheio e redondo com taninos firmes e maduros, que permanece até o fim deste longo palato. De cor intensa e com aroma complexo de frutas maduras, especiarias, chocolate e alcaçuz.


























 (Alberto Wu)
Glen Carlou Chardonnay 2006 – Paarl

A família Finlayson fundou a vinícola em 1983 e na década seguinte se associou a Hess Collection, tornando-se assim um dos mais notáveis produtores da África do Sul. Este belo Chardonnay é cheio, complexo e persistente; alia a força do terreno e a qualidade da uva. Um aroma que combina flores, ervas e o característico mineral e seus 14º de álcool, fundem com o amanteigado proveniente do estágio de dez meses em barricas de carvalho.























 (Eugênio Gurgel)
Klein Steenberg Cabernet Sauvignon/ Merlot/ Cabernet Franc 2006

Este é um vinho fácil de se beber, de médio corpo, com diferentes aromas de frutas vermelhas maduras e de carvalho suave. Equilibrado, de paladar bem estruturado e com personalidade, este tinto reflete a fusão das melhores variedades da Steenberg, que está localizada no coração do Vale de Constantia, no sopé das montanhas Stone, na ponta do sul da África. Esta vinícola também é um dos marcos mais significativos da história do país.

























 (Eugênio Gurgel)
La Capra Pinotage 2008 – Paarl e Darling, Coastal

Este é o novo vinho da Fairview, uma homenagem divertida às cabras, que eram criadas pelo vinicultor, a Cidade do Cabo e a cultura sul-africana. Encantador, com aromas de frutas negras, pimenta e cedro, na boca apresenta boa estrutura e taninos macios pelos seus 13,5º de álcool e oito meses de barrica.



























 (Eugênio Gurgel)
Spice Route Mourvèdre 2007 – Swartland

Durante a última década, a região de Swartland passou a ser reconhecida pela produção de vinhos excepcionalmente expressivos, com caráter e qualidade. O enólogo Chal du Plessis, em sua vinificação estilo Rhône, produziu um tinto sedoso e macio, cor vermelho vibrante e aromas de cereja, pimenta e canela. Com médio corpo, acompanha queijos curados, carnes ensopadas e massas com molhos estruturados.

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