Luiz Amorim dos Santos, presidente
da ONG Projetos Culturais T-Bone
Em junho de 2007 era instalada a primeira biblioteca popular em uma das paradas de ônibus da avenida W3 norte, no Plano Piloto. A ONG T-Bone deu início ao Projeto Parada Cultural – Biblioteca Popular com a ideia inovadora e pioneira de dispor gratuitamente livros em pontos de ônibus da capital federal. No último sábado (21), o Projeto completou mais um aniversário, com mais de 15 mil exemplares distribuídos em 37 bibliotecas ao ar livre. Os objetivos da iniciativa são promover o acesso à cultura por meio da leitura e humanizar os pontos de ônibus da capital.
A ideia, que surgiu modesta, teve grande aceitação da comunidade, ganhando grandes proporções e atraindo parceiros importantes, a exemplo da Petrobras. O apoio da estatal possibilitou a melhoria da estrutura das bibliotecas espalhadas pelas ruas da Asa Norte e Setor Bancário Sul, que ganharam armários, e quase triplicaram o acervo que era de seis mil exemplares em 2007.
Para os próximos anos, o objetivo dos organizadores é melhorar ainda mais as bibliotecas que contam até com internet wi-fi em alguns pontos da cidade, batizadas de Estações Culturais. “Com o patrocínio nesses sete anos, conseguimos manter o projeto. O apoio da Petrobras foi fundamental para a manutenção do acervo, agora queremos melhorar ainda mais o projeto com prateleiras maiores e mais exemplares”, afirma o presidente da ONG Projetos Culturais T-Bone, Luiz Amorim dos Santos.
Cícero Batista Pereira venceu a fome para se
formar em medicina. Parte da conquista se
deve aos livros emprestados de paradas de ônibus
Mais de mil livros circulam diariamente entre a população que aprendeu a cuidar e utilizar a parada cultural. O projeto incentiva também aos que não possuem acesso a grandes bibliotecas e tem feito a diferença na vida de muitas pessoas. O empréstimo de livros é feito diretamente por quem frequenta os pontos de ônibus, sem burocracia. De acordo com Amorim, outras regiões administrativas do Distrito Federal, estados brasileiros e até outros países como a Espanha já procuraram a ONG Cultural T-Bone para implantar a ideia.
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