Febre chicungunha chega ao DF e alerta profissionais de saúde
Doença com sintomas semelhantes aos da dengue tem dois casos registrados na região. Riscos de morte são baixos, segundo especialista
o mosquito Aedes aegipty
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) já advertiu sobre a febre que, aparentemente, se originou no Caribe e se espalhou pelo resto do continente americano. De acordo com a organização, nos últimos meses, foram registrados quase 260 mil casos suspeitos da doença nos países da América e pelo menos 22 pessoas morreram.
Segundo Jaime Rocha, infectologista do laboratório Exame, a febre chicungunha é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue, e causa sintomas como febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e erupção cutânea. “Entre a picada do mosquito e a manifestação dos sintomas há um intervalo de três a dez dias”, diz o infectologista. Ele afirma que não há vacinas para a prevenção da doença e que a melhor forma de se proteger é utilizando repelentes e telas nas janelas.
O infectologista atesta que os riscos de morte pela febre chicungunha são baixos: “É uma doença causadora de vários sintomas, mas pouco letal”, afirma. Ele diz que a febre, no entanto, pode ser perigosa para crianças pequenas, idosos, e pessoas com imunidade baixa. O paciente diagnosticado com chicungunha é tratado com anti-inflamatórios e medicações para febre.
Para o médico, as chances de a doença se espalhar pelo DF existem, já que há incidência de mosquitos Aedes aegipty na região: “Se um mosquito picar alguém que está com a febre, ele adquire o vírus e pode propagá-lo ao picar outras pessoas”, afirma.
A Secretaria de Saúde informou que não há registro de contágio da doença dentro do Distrito Federal. Segundo o órgão, as medidas de prevenção do Estado são as mesmas tomadas no combate à dengue, onde são realizadas vistorias nas residências com visitas dos agentes comunitários, orientações, entre outras ações de manejo.