100 anos da Primeira Guerra Mundial
O conflito, que durou quatro anos, mudou a geografia da Europa e dizimou milhões de soldados
De um lado da disputa estavam França, Grã-Bretanha e Estados Unidos, e do outro, a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e a Turquia (então conhecido como Império Otomano). A Rússia, do czar Nicolau II, não participou do conflito, mas declarou seu apoio à nação eslava (Sérvia), o que deixou chateado o governo da Àustria-Hungria.
Embora muitos soldados ainda percorriam os terrenos e transpunham barreiras à pé ou em cima de cavalos, pela primeira vez na história bélica houve um grande salto tecnológico, com o uso de armas químicas, aviões, submarinos, tanques e metralhadoras. Além dos equipamentos, a guerra ficou marcada pelas tensas disputas nas trincheiras, que vitimou milhares de soldados, como em 1916, nas batalhas de Verdun e do Somme, na França.
"Os soldados em Verdun perderam suas ilusões juvenis. Não achavam que iriam ganhar a guerra em uma única batalha, mas, pelo menos, tinham certeza de que os alemães não o fariam", diz o historiador francês Marc Ferro, em seu livro A Grande Guerra 1914-1918.
Durante os quatro anos de conflito, mais de 70 milhões de homens foram mobilizados. Desse total, 10 milhões faleceram, 21 milhões ficaram feridos e 7,7 milhões foram dados como desaparecidos ou transformados em prisioneiros.
Com o fim da guerra, em 1918, a França recuperou regiões da Alsácia e Lorena, enquanto a Alemanha perdeu suas colônias e teve que reduzir seu exército e sua frota. Além disso, o Império Austro-Húngaro foi desfeito e surgiram novos países como Áustria, Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslávia.
(com Agência Télam)