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Médicos recomendam métodos contraceptivos de longo prazo para jovens

Novas diretrizes internacionais recomendam o uso desses dispositivos, que facilitam para mulheres que costumam esquecer de tomar as pílulas, e podem acabar com um gravidez inesperada

Da redação com Assessorias - Redação Publicação:10/11/2014 12:00Atualização:10/11/2014 13:35
Os métodos contraceptivos de longo prazo ajudam as jovens a ter menos sangramento na menstruação e a não precisar lembrar de tomar as pílulas (Pixabay)
Os métodos contraceptivos de longo prazo ajudam as jovens a ter menos sangramento na menstruação e a não precisar lembrar de tomar as pílulas
Segundo dados do estudo Nascer no Brasil, da Fundação Oswaldo Cruz, para 30% das grávidas brasileiras a gestação não foi planejada. Muitas delas ficaram insatisfeitas e algumas mulheres chegaram a pensar em interromper a gestação. A falta de uso de métodos contraceptivos, bem como a sua utilização de maneira incorreta, estão entre as principais causas dessa estatística.

O problema é comum em todo o mundo. Por essa razão, muitas sociedades médicas e governos vêm debatendo o tema e, cada vez mais, estão priorizando métodos contraceptivos cujo uso esteja menos sujeito a erros por parte das usuárias, contribuindo, desse modo, para torná-los mais eficazes.

Recentemente, a Academia Americana de Pediatria publicou uma nova diretriz, que endossa a recomendação do Colégio Americano de Ginecologia e amplia as orientações de uso dos métodos contraceptivos de longo prazo, inclusive para adolescentes. Dentre as opções para esse tipo de contracepção estão o dispositivo intra-uterino (DIU de cobre), o sistema intrauterino (SIU, também conhecido como DIU medicado ou DIU hormonal) e o implante contraceptivo. Estas formas anticoncepcionais podem proteger as pacientes por períodos que vão de 3 a 10 anos.

"Apesar de a pílula ser o anticoncepcional mais conhecido, os métodos de longo prazo são ótimas alternativas para quem busca contracepção eficaz e de longa duração, em especial para mulheres que possuem rotinas intensas e que podem vir a esquecer de tomar os comprimidos", esclarece o  José Bento, ginecologista e obstetra dos hospitais Albert Einstein.

Assim como as sociedades internacionais, a Federação Brasileira de Ginecologia acaba de publicar um esclarecimento sobre os métodos contraceptivos de longo prazo, reforçando que "devido à grande eficácia, altos índices de satisfação, de continuidade de uso e por não serem de utilização diária, estes métodos deveriam ser recomendados como primeira opção para todas as mulheres em idade reprodutiva que desejam anticoncepção segura, incluindo as adolescentes".

"É um movimento interessante, mulheres cada vez mais novas, em torno dos 18 anos, estão procurando contraceptivos de longa duração, não só para prevenir gravidez, mas para minimizar outros problemas, como sangramentos menstruais abundantes", complementa o especialista.

Saiba mais sobre os métodos contraceptivos de longo prazo:

-DIU e SIU: são dispositivos em forma de T que, uma vez colocados no interior do útero, impedem o encontro dos espermatozoides com o óvulo. A principal diferença entre o DIU e o SIU, é que o DIU tem um revestimento de cobre e o SIU contém hormônio, que é liberado em pequenas quantidades dentro do útero, proporcionando outros benefícios como redução da cólica e do fluxo menstrual

-Implante contraceptivo: é um bastão de silicone que é colocado sob a pele do braço e libera hormônio de forma gradativa, diferentemente dos dispositivos intra-uterinos, que impedem a gravidez por meio da inibição da ovulação. Ao optar por um método contraceptivo de longo prazo, o dispositivo deverá ser inserido pelo médico, geralmente no próprio consultório, sem necessidade de anestesia geral
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