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Você sabia que seu animalzinho pode ter alergia?

Cães e gatos também sofrem com esse problema, especialmente os que afetam a pele, e são causadas por parasitas ou agentes externos, como poeira e ácaro

Da redação com Assessorias - Redação Publicação:26/12/2014 10:00Atualização:26/12/2014 10:43
As constantes coceiras podem levar à auto-mutilação, o que exige atenção redobrada (Divulgação)
As constantes coceiras podem levar à auto-
mutilação, o que exige atenção redobrada
Sofrer com alergia a animais de estimação, especialmente cães e gatos, não é nenhuma novidade. Agora, pouca gente sabe que os bichinhos também necessitam de atenção, já que podem adquirir alguma reação alérgica no ambiente em que está vivendo. Quem entende bem esse assunto é Guilherme de Caro Martins, que atende no setor de dermatologia do Hospital Veterinário da UFMG e está cursando mestrado na área de saúde animal. "A alergia é uma resposta do sistema imune a estímulos externos. No cão, existem três tipos principais de reação: a relacionada à pulga, a alimentar e a atópica, ou provocada por elementos presentes no ambiente, como ácaros, poeira e pólen".

Segundo o médico veterinário, o principal sinal de alergia é a coceira, mas é preciso realizar exames mais especializados para que se identifique o real motivo dessa reação alérgica. "Para saber o real motivo da coceira, realizamos o chamado diagnóstico de exclusão, que se baseia em testes para saber se o animal está com infecções secundárias ou possui algum ectoparasita, como pulga", explica Guilherme.

Mesmo não sendo sinônimo de alergia, alguns padrões de coceira, em determinados animais, auxiliam na identificação de processos alérgicos. Se a coceira ocorre na região lombar, pode ser indício de infecção por pulgas. "Os pets que sofrem com algum tipo de alergia alimentar ou atópica costumam lamber muito as patas e coçar a região das axilas, pescoço e face", diz o médico veterinário.

Deve-se ter atenção redobrada aos bichinhos que vivem se coçando, para evitar que se automutilem, gerando feridas sérias, que podem infeccionar.

Para cães alérgicos é recomendado dar banho pelo menos uma vez por semana. No entanto, o que determina esse número de higienização e a base do produto que deve ser utilizado no animal é o tipo de alergia que ele possui. Além disso, deve-se levar em conta as alterações cutâneas que ele pode ter. Tudo precisa ser feito com acompanhamento de um médico veterinário.

Cada tipo de alergia exige uma solução específica. Guilherme Martins explica que no caso de aparecimento de pulgas, deve-se erradicar os ectoparasitas, tanto do animal quanto do ambiente. "Se a alergia for alimentar, é preciso descobrir a causa, expondo o bichinho a proteínas que ele ainda não tenha ingerido, para, assim, realizar o diagnóstico e, depois, alimentá-lo com dieta restritiva e ração hipoalergênica".

As alergias atópicas, ou seja, de pele, após serem diagnosticadas através de teste específico, devem ser tratadas através de medicamentos de uso veterinário. A melhor recomendação para o proprietário de um pet que sofre com processos alérgicos é ter paciência. O tratamento do bichinho exige a mesma atenção de qualquer outra doença crônica.
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