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Brasil desperdiça quase sete "Cantareiras" por ano de água tratada

De acordo com o Instituto Trata Brasil, o volume de água tratada não contabilizada pelas empresas de saneamento foi de 39% em 2013

Da redação com Assessorias - Redação Publicação:26/03/2015 13:48

 (Pixabay)
Em plena crise hídrica, em que a necessidade de racionar a água é iminente, uma notícia é assustadora: o Brasil desperdiçou mais de 6,5 bilhões de m³ de água tratada no ano de 2013, o que corresponde a 6,5 vezes a capacidade do sistema Cantareira, em São Paulo, que abastece 6,2 milhões de pessoas na região metropolitana da capital do estado. É o que mostra o estudo sobre as perdas do recurso natural nas 100 maiores cidades brasileiras, do Instituto Trata Brasil.

Com base nos dados mais recentes do Ministério das Cidades, especificamente do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, de 2013, a pesquisa mostra também que as perdas de água equivalem a mais de R$ 8 bilhões ao ano e corresponde a cerca de 80% dos investimentos de água e esgoto realizados naquele período.

O índice de perdas de faturamento avalia o nível de água que não foi faturada pelos sistemas de abastecimento do país, que é desperdiçada na tubulação ou utilizada de forma irregular por ligações clandestinas. Em 2013, a média foi de 39,07%.

De acordo com a entidade, a região Norte tem o percentual mais elevado de perda de faturamento, com a média de 60,6%. Já a região com índice mais baixo é a Sul, com 34,7%.

 

Se comparado aos dados de 2004, o estudo mostra que a perda de faturamento evoluiu pouco, de 42,2% para os 39,1% de 2013. Para o Instituto Trata Brasil, se nos próximos cinco anos houver uma queda de 15% nas perdas no país – ou seja, de 39% para 24% –, os ganhos totais acumulados em relação ao ano inicial seriam de R$ 3,85 bilhões.

"Precisamos ter uma consciência melhor em como lidar com os recursos naturais. As autoridades, os executivos e a população em geral têm se adequar e entender que com a condição de chuvas dos últimos anos, estamos vivendo um novo ciclo e não uma crise hídrica", comenta o climatologista Paulo Etchichury, da Somar Meteorologia.

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