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Educação »

Mesmo na escola, mais de 50% das crianças de 8 anos continuam analfabetas, diz estudo

Segundo Anuário Brasileiro da Educação Básica, apenas 9% dos alunos sabem matemática adequadamente ao fim do ensino médioie

Da redação - Redação Publicação:05/11/2015 14:01
Além de 50% das crianças que estudam serem consideradas analfabetas, estudo mostra que 9% dos alunos do 3º ano do ensino médio são ruins em matemática  (Cesar Brustolin/SMCS/DivulgaçãoCesar Brustolin/SMCS/Divulgação)
Além de 50% das crianças que estudam serem consideradas analfabetas, estudo mostra que 9% dos alunos do 3º ano do ensino médio são ruins em matemática
Priscila Cruz, diretora executiva da Todos pela Educação, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, mostra que mais da metade das crianças permanecem analfabetas ao fim do 3º ano do ensino fundamental. Ela apresentou à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica de 2015, na quarta, dia 4 de novembro.

"O que está acontecendo no Brasil é que as crianças que frequentam a escola não estão se alfabetizando. Sem alfabetização, não há aprendizagem mais pra frente. É muito difícil recuperar esse aluno depois. O direito básico à alfabetização está sendo negado a essas crianças", afirma Priscila.

Para ela, um dos fatores que gera isso é a má formação dos professores. "Não existe educação de qualidade sem professores de qualidade", comenta. A diretora defende o aumento dos salários dos professores, para que os melhores alunos do ensino médio possam ser atraídos para a carreira de docente. "Hoje, os bons alunos são desencorajados para seguir essa carreira", ressalta.

Segundo Priscila, outro dado alarmante contido no anuário é o de que apenas 9% dos alunos do 3º ano do ensino médio têm aprendizado adequado de matemática. "Não é à toa que esses jovens têm dificuldades de entrar no mercado de trabalho. O sistema de educação não está preparando esses jovens para a vida, para o mercado de trabalho e para o século XXI', critica.

Financiamento

A deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) lembra que a área da educação é a que sofre mais cortes no orçamento do governo federal. "O país tem que assumir que a educação é prioridade. Tem que fazer cortes em outras áreas", diz a parlamentar.

"Dizer que o lema deste governo é Pátria Educadora é hipocrisia, isso é só discurso", acrescenta o deputado Izalci (PSDB-DF). De acordo com ele, o Plano Plurianual (PPA 2016-2019) da educação é incompatível com esse lema.

Na Câmara, aguarda votação pelo plenário proposta de reformulação do ensino médio (PL 6840/13), que foi aprovada por comissão especial no ano passado.

(com Agência Câmara)
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