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DECORAÇÃO | Quadros »

Entre quatro paredes

Novas formas de dispor quadros podem valorizar o ambiente, chamando a atenção para a arte

Amanda Aleixo - Redação Publicação:07/03/2016 12:13Atualização:07/03/2016 12:47
Eles dão o toque final na composição do ambiente, são versáteis e atendem a todos os gostos. Não importa se são aquarelas ou belas fotografias, os quadros trazem charme e requinte extra para a decoração. A arquiteta Vanessa Figueiredo ressalta que a escolha deve estar associada à intenção do ambiente. “Se o desejo é criar um espaço mais formal, opte por imagens mais sóbrias e molduras neutras. Para uma solução mais moderna e descontraída, pode-se ousar nas cores, diversidade de tamanhos e disposições”, diz.

Outro ponto fundamental é a forma de disposição das telas, já que o centro da parede não é mais regra. Vale colocá-las encostadas atrás dos sofás, sobre a mobília e até mesmo montar um pequeno mosaico com cada obra. “Quando se desloca o quadro do centro de um elemento, como a cama ou sofá, cria-se dinamismo no ambiente, tornando-o mais interessante”, diz a arquiteta. Apostar na simetria – por outro lado – é sinônimo de um espaço mais clássico. No arranjo de quadros não existe regra, mas não se pode abrir mão do alinhamento de referência. A altura ideal em uma parede livre de mobiliário, por exemplo, é de 1,60 metro do piso. Outra dica é observar o batente da porta, pois não se colocam quadros acima dele.
 
Ivana Andrade e Bruno Vianna: o posicionamento do quadro na sala de visitas traz um conceito que une conforto, extroversão e elegância (Erlana Marçal/Divulgação)
Ivana Andrade e Bruno Vianna: o posicionamento do quadro na sala de visitas traz um conceito que une conforto, extroversão e elegância
 
Para extrair a harmonia máxima do projeto, o arquiteto e designer de ambientes Luís Fábio Rezende alerta que a produção de telas e quadros deve ser feita após o término da decoração. “Com isso, conseguimos perceber a necessidade de texturas, cores, formatos e tamanhos diferenciados, bem como volumes de composição, para deixar o espaço uniforme e harmônico”, diz. Geralmente, os cômodos que estão mais carregados em cores necessitam de uma única tela, mais clean. Já os espaços neutros aceitam vários quadros e telas de formatos e molduras diferentes. É como se eles chamassem a atenção para si, por isso são bem-vindos. O importante é priorizar o equilíbrio. No mais, dê lugar à arte.
 
Opostos que se atraem

Apoiado sobre o longo bufê, o quadro de detalhes da igreja Nossa Senhora do Rosário, de Tiradentes, conversa com os tons neutros do ambiente. A maneira como o quadro é posicionado faz parte do conceito que os arquitetos Ivana Andrade e Bruno Vianna criaram para esta sala de visitas, que une conforto, extroversão e elegância.

 (Marcos Esteves/Divulgação)

Assimetria proposital

No aconchego desta sala de estar, tons claros fazem contraste à aquarela do artista José Nemer, disposta no canto esquerdo da parede. O ambiente é assinado por Estela Netto, que  aposta na assimetria como forma de fugir do convencional sem perder a delicadeza do décor.
 
 (Jomar Bragança/Divulgação)

Encontro de estilos
 
Neste espaço de uso coletivo, o arquiteto Luís Fábio Rezende equilibrou a mistura de texturas mais contemporâneas com obras de artistas renomados. No trânsito entre o clássico e o contemporâneo, a estante de laca branca recebeu uma sequência de fotografias expostas de maneira leve e despojada, entrando em harmonia com o mobiliário e adornos.
 
 (Fábio Araujo/Divulgação)
 
 (Daniel Mansur/Divulgação)
Sem tabus

Quebrando a neutralidade desta sala – de cores suaves e harmoniosas –, a arquiteta Vanessa Figueiredo apostou em uma obra de arte de grande apelo visual. Criada pelo artista Edson Razuk, a tela de formas geométricas impactantes foi apoiada no chão, uma forte tendência do décor. Esse tipo de uso trouxe descontração e modernidade ao ambiente.
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