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Testes da 'pílula do câncer' em humanos começam dia 25 de julho

Uso da polêmica fosfoetanolamina ainda não foi aprovado pela Anvisa

Da redação com Agência Brasil - Publicação:22/07/2016 12:01
A Fundação para o Remédio Popular  forneceu as cápsulas suficientes da substância para realização da pesquisa. (Cecília Bastos/USP Imagens/Divulgação)
A Fundação para o Remédio Popular forneceu as cápsulas suficientes da substância para realização da pesquisa.
Os testes clínicos para tratamento de câncer com a fosfoetanolamina sintética, que ficou conhecida como "pílula do câncer", começam na próxima segunda, dia 25 de julho, em São Paulo. A pesquisa será conduzida pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

O início dos testes em humanos será possível após a aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, do Ministério da Saúde. A Fundação para o Remédio Popular, laboratório oficial da secretaria de estado de Saúde de São Paulo, forneceu as cápsulas suficientes da substância para realização da pesquisa.

"O projeto de pesquisa clínica foi desenhado sob a ótica de especialistas de alto conhecimento técnico. Nossa prioridade é a segurança dos pacientes, por isso, primeiro vamos avaliar, com grande responsabilidade, se a droga é segura e se há evidência de atividade. É um processo extenso, que deve ser acompanhado com cautela", diz o oncologista Paulo Hoff, diretor-geral do Icesp, em nota enviada à imprensa.

Segundo a secretaria de Saúde, o pesquisador aposentado da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos, Gilberto Chierice, tem acompanhado todo o processo de teste. A fosfoetanolamina sintética foi estudada por Chierice, enquanto ele ainda estava ligado à universidade. Algumas pessoas tiveram acesso às cápsulas produzidas pelo professor, contendo a polêmica substância, e as utlizaram como medicamento contra o câncer.

"É a primeira vez na história que a fosfoetanolamina sintética será testada em humanos, por iniciativa do governo de São Paulo. O objetivo é avaliar a eficácia da substância no combate ao câncer", informa a secretaria, também em nota. O estudo prevê avaliação de 10 pacientes na primeira fase, para determinar a segurança da dose que vem sendo usada na comunidade.

Após a primeira etapa, caso a droga não apresente efeitos colaterais graves, a pesquisa prosseguirá.

No chamado Estágio 1, está prevista a inclusão de mais 21 pacientes para cada um dos 10 grupos de tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto (intestino), colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado.

Se o Icesp observar sinais de atividade da substância nessa fase, o Estágio 2 começa com mais 20 participantes em cada grupo. Progressivamente, desde que se comprove atividade relevante, a inclusão de novos pacientes continuará até atingir o máximo de mil pessoas, ou seja, 100 para cada tipo de câncer.
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