Consumo moderado de carboidrato pode ajudar a prolongar a vida, diz pesquisa
Estudo feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, alerta para a dieta chamada 'low-carb', que pode levar a 'ciclos de vida mais curtos'
Um estudo liderado pela cientista Sara Seidelmann, da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluiu que o consumo moderado de carboidrato pode ser uma alternativa para quem quiser viver mais. A informação foi divulgada pela agência portuguesa de notícias Lusa.
De acordo com a pesquisa, que foi publicada na revista científica The Lancet, revelou que as dietas intituladas "low-carb" (baixa ingestão de açúcar), que substituem os carboidratos por proteínas ou gorduras, devem ser evitadas porque poderiam levar a "ciclos de vida mais curtos". Ao mesmo tempo em que o consumo moderado de "carboidrato parece ser ideal para a saúde e ajudar numa vida mais longa", dizem os especialistas no artigo de divulgação.
Portanto, é melhor optar por dietas que incluem alguns tipos de açúcar do que radicalizar e retirar o nutriente do cardápio, como fazem os adepatos da "low-carb". Os cientistas descobriram que quem consome entre 50 e 55% de carboidrato tem menor risco de morte, em comparação com a ingestão de muito ou nenhum açúcar.
Segundo a pesquisa da Universidade de Harvard, a esperança média de vida de quem consome carboidratos moderadamente é quatro anos maior do que os que ingerem apenas 30%; 2,3 anos a mais do que os que consomem entre 30 e 40%; e mais 1,1 ano em comparação com os que consomem 65% de açúcar.
Além disso, os pesquisadores americanos descobriram também que substituir o açúcar por gorduras boas, de origem vegetal, como as derivadas de legumes, frutas e nozes, diminui ligeiramente o risco de morte. No entanto, se a dieta trocar os carboidratos por proteínas e gordura animal, como carne de porco e ovo, ela "deve ser desencorajada". Porquê? Conforme Sara Saidelmann comentou à Agência Lusa, esse tipo de alimento tem sido associado à inflamação e ao envelhecimento do corpo.
No entanto, vale lembrar que a investigação tem algumas limitações, como o fato de os resultados terem sido baseados na observação e não na relação de causa e efeito.
(com Agência Lusa)