Festival Coma reúne mais de 26 mil pessoas durante evento
Evento aconteceu entre os dias 1 e 4 de agosto e recebeu mais de 60 atrações locais e nacionais
O Festival CoMA reuniu, de 1 a 4 de agosto, em sua terceira edição, mais de 26 mil pessoas no gramado do Complexo da Funarte, Planetário, Clube do Choro e no Brasil 21 Cultural. “O grande diferencial do Coma é realmente juntar esse tanto de gente diferente e proporcionar experiências e trocas entre artistas brasilienses e nacionais. Essa troca perpassa a cadeia artística e chega até o público”, conta Diego Marx, diretor artístico do evento.
Foram mais de 60 atrações, entre shows e conferência, que contou com debates, pitches, showscase e outras atividades em torno do mercado da música, produção cultural e games. “O Festival Coma parte de uma ideia um tanto megalomaníaca, que é reunir vários mindsets que achávamos interessante para um único festival. Reunimos uma frente de produção artística, com divulgação de bandas independentes e shows. É um grande encontro de várias coisas”, destaca Marx.
Passaram pelo palco do festival artistas como Ney Matogrosso, Maria Gadú, Scalene, Fresno, Luedji Luna, Baiana System, Francisco, El Hombre, Aretuza Lovi, Heavy Baile, Hamilton de Holanda, Joe Silhueta e Hodari, que se dividiram pelos dois palcos principais: Sul e Norte. Em um dos pontos mais disputados, o Clube do Choro recebeu a apresentação de Tuyo, Raquel Reis, Elefante, Adriah, Pedro Luís Vale o Quanto Pesa, Camarones Orquestra Guitarrística, Gypsy Jazz Club e Marlene Souza.
No Planetário, a experiência era ainda mais especial: além dos shows surpresas e intimistas, a plateia pôde acompanhar projeções astronômicas e ter uma vivência inusitada e sensorial. Já na Tenda Conexões, o público conferiu mais 11 shows, como Obinrin Trio, Bandinha Di Dá Dó, Realleza, Sandro e muito mais.
O evento também foi marcado por manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Sérgio Moro, além de gritos à favor do ex-presidente Lula. Em um dos momentos mais marcante, Maria Gadú encerrou o show ao lado de lideranças indígenas, como Sônia Guajajara e Célia Xakriabá. Na ocasião, Guajajara pediu pelo fim do genocídio contra índios e lembrou a morte do cacique Emyra Wajãpi, líder indígena da aldeia Mariry, morto no mês passado, no Amapá.
CoMA Consciente
A iniciativa CoMA Consciente propõe para o público e equipe de produção ações de boas práticas durante todo o evento. Ao todo, são quatro pilares que interagem entre si: atendimento, acessibilidade, inclusão e sustentabilidade. “A gente tenta educar as pessoas por meio da experiência. O festival trata de acessibilidade, sustentabilidade, respeito e vários outros temas que são muito importantes para nós. Tentamos trazer isso para quem trabalha conosco e, consequentemente, espalhar isso para o público”, enfatiza Diego Marx.
O projeto foca na redução e compensação dos impactos ambientais do evento; atendimento inclusivo, acolhedor e que valorize e respeite questões de gênero, diversidade e acessibilidade; além de oferecer inclusão socioprodutiva de jovens, pessoas em situação de rua e pessoas com deficiência. “O projeto tem funcionado. Nos últimos três anos, a gente tem conseguido alcançar mais pessoas e trazer um pouco desse mindset para o festival. Gostaríamos muito que isso se espalhasse pelo mundo”, conclui.