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Universo Paralello consolida-se como um dos maiores festivais do país

Evento aconteceu em um cenário paradisíaco entre os dias 27 de dezembro e 3 de janeiro

Julyerme Darverson - Publicação:13/01/2020 10:36Atualização:28/01/2020 19:00

Nem só de música eletrônica é feito o Universo Paralello. Na edição comemorativa de 20 anos, o festival mostrou que é capaz de unir os mais variados estilos musicais em um só lugar. Com um público de mais de 20 mil pessoas, que esteve presente em oito dias de festa, o evento provou que é um dos mais promissores do país e consolidou-se como um fenômeno nacional. Além do mais, o Universo Paralello, ou UP para os mais íntimos, tem potencial para atingir níveis internacionais, se é que já não conseguiu com esta edição. Com um line-up de dar inveja para qualquer festival do mundo, o UP reuniu mais de duas mil atrações vindas de várias partes do globo terrestre, divididas por sete palcos, que fizeram o som rolar do primeiro ao último dia, 24 horas por dia, sem parar.

 

 (Daniel Jorjin/Divulgação )
 

A programação mergulhou em diversos estilos, como a MPB, reggae, rock alternativo, eletrônica, rap, instrumental, samba rock, entre outros. O público pôde conferir, também, performances, apresentações circenses, pirofagia, malabares, massagens terapêuticas, oficinas, reiki, chats, cinema, live painting, exposições e muito mais. E tudo isso aconteceu em um cenário paradisíaco, a Praia de Pratigi, em Itubera, Bahia. Todo dia o público desfrutavade boa música e uma linda paisagem.  Nem a chuva, que caiu em alguns dias de evento, foi capaz de espantar os mais animados. Foram dias para não deixar ninguém parado.

 

 

Shows como de Caetano Veloso, Vintage Culture, Ponto de Equilíbrio, Alok e Bhaskar - que juntos também trouxeram de volta o projeto Lógica - foram alguns dos pontos altos da festa.  O Universo Paralello tem uma vibe muito legal, essa de reunir todo mundo num lugar só. Fomos coroados de uma forma espiritual, porque o reggae é tão espiritual como o Universo Paralello”, destacou Hélio Bentes, vocalista do Ponto de Equilíbrio, que fez uma apresentação em celebração aos 20 do grupo. “A gente não mudou nesses 20 anos, a gente evoluiu. A música ela é boa, ela é o canal, mas ela fica em segundo plano. O que fica em primeiro plano é a mensagem. E a nossa essência é a mensagem. A mensagem trazida com primor, com fundamento”, enfatiza Bentes, ao resumir as duas décadas da banda.

 A banda de reggae Ponto de Equilíbrio, que também completa 20 anos de estrada, celebrou a data com apresentação histórica (João Paulo Racy/Divulgação)
A banda de reggae Ponto de Equilíbrio, que também completa 20 anos de estrada, celebrou a data com apresentação histórica
 

 

Para Alok, que é filho dos idealizadores do evento, Juarez Petrillo e Ekanta Jake, o evento representa voltar às raízes. O jovem deu os primeiros passos na música ao mesmo tempo em que acompanhava o surgimento do festival. “São 20 anos de festival. Para mim, aqui foi minha escola, minha faculdade, minha pós-graduação. Eu sempre fui muito envolvido com o festival. Toda vez que eu volto para cá é como se fosse um resgate para as minhas essências e raízes, pois me alimenta”, enfatiza o DJ. Ao lado do irmão Bhaskar, Alok fez um dos shows mais aguardados da edição. Os irmãos gêmeos trouxeram de volta o projeto Lógica, que tiveram no início da carreira. “Como aqui é um resgate para a nossa essência, é muito legal que a gente pontue a cada dois anos o Lógica aqui. Às vezes a gente pensa assim: temos que nos libertar das âncoras para seguir em frente. Mas eu não vejo que o Lógica e o Universo sejam uma âncora para mim. Eu vejo como se fosse realmente as raízes, pois as raízes alimentam, diferente das âncoras que travam. É sempre bom vir aqui e me realimentar, me revigorar”.

 

Os irmãos Alok e Bhaskar trouxeram ara essa edição o projeto Lógica (Daniel Jorjin/Divulgação )
Os irmãos Alok e Bhaskar trouxeram ara essa edição o projeto Lógica
 

Outra grande destaque foi o encerramento triunfal com a apresentação de Juarez Petrillo, o DJ Swarup, pai de Alok. O anfitrião tocou cerca de 12 horas sem parar, levando a galera ao delírio e deixando o gostinho de quero mais. “Para mim, esse festival simboliza muito mais que um festival de música, multicultural. Simboliza a verdade do meu pai, do meu tio, e tudo que envolve a minha história”, finaliza Alok. A próxima edição acontece entre dezembro de 2021 e  janeiro de 2022.


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