Para comemorar os 70 anos de vida e os 50 de carreira de Gilberto Gil, a exposição GIL70, concebida e organizada pelo poeta e designer gráfico André Vallias, traz 23 trabalhos em diferentes linguagens e suportes, como pintura, vídeo, fotografia, escultura e instalação, todos inspirados nas canções de Gil ou dedicados a ele.

São peças produzidas por artistas como Omar Salomão, Carlos Nader, Arnaldo Antunes e até mesmo Adriana Calcanhoto, que se inspirou na música Corações a Mil, composta por Gil na década de 1970 para o filme de Tom Job Azulay.

Não poderia faltar também uma homenagem de Caetano Veloso, que traz o poema-instalação Gilberto Misterioso. Já Augusto de Campos surge com o poema visual Tristes Tópicos.

A mostra traz ainda uma grande linha do tempo ilustrada com imagens, áudios e vídeos, que mostram a relação entre vida pessoal e profissional de Gil, bem como os fatos históricos que o marcaram.

GILBERTO GIL

Gilberto Gil sempre foi um artista que levou muito além dos limites de sua arte todo o potencial criativo que compartilha com seu público e seus pares. Músico, poeta e cantor de mão cheia, ele ainda articulou em sua profissão diálogos com áreas como o cinema, a televisão, o teatro, a ecologia e a cultura digital.

Desde o período em que lançou ao lado de amigos as bases transgressoras e inovadoras do Tropicalismo, Gil nos mostra através de suas ações que o artista pode arriscar e investir em papéis múltiplos na sociedade. Sua atitude aberta ao mundo e ao novo (ideias centrais do movimento tropicalista) foi uma espécie de guia para que ele se tornasse ativista das causas em que acredita e assumisse o desafio de cargos públicos como o de vereador por Salvador (1988–1992), e o de Ministro da Cultura (2003–2008).

Mais informações: http://www.gil70.com.br/