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Cultura »

Peça aborda crise moral contemporânea nos palcos

Com texto de Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes, O dia em que Sam Morreu, novo espetáculo do Armazém Companhia de Teatro, apresenta-se em Brasília até domingo (5)

Da redação com Assessorias - Redação Publicação:03/10/2014 11:02Atualização:03/10/2014 13:11

Peça promove reflexão sobre limites morais  para se obter sucesso (Divulgação)
Peça promove reflexão sobre limites morais
para se obter sucesso
Falta de ética, abuso de poder, crise moral. Estes e outros impasses contemporâneos da sociedade movem a criação da peça O dia em que Sam Morreu, novo espetáculo do Armazém Companhia de Teatro, que acontece hoje (3) até domingo (5), no Teatro Funarte Plínio Marcos. O texto de Maurício Arruda Mendonça e Paulo de Moraes, que também assina a direção do espetáculo, se alicerça no questionamento dos limites do mundo atual.


A trama flagra os acontecimentos que mudam a rotina do hospital onde o desgovernado cirurgião-chefe Benjamin (Otto Jr.) aplica métodos nada ortodoxos para subir na carreira, incluindo altas doses de fármacos para aplicar filtro próprio em sua realidade. Quem invade o lugar é o jovem Samuel (Jopa Moraes), armado com uma pistola e muito idealismo, acreditando que assim pode ajustar os ponteiros do sistema corrompido por todas as partes.

“O Dia em que Sam Morreu dramatiza as escolhas éticas definidoras do destino de seis pessoas que se cruzam nos corredores de um hospital invadido por um jovem armado. São personagens que assumem efetivamente o poder sobre nós: médicos, juízes, artistas. Estamos falando de impasses contemporâneos da sociedade. E é nesse preciso sentido que o teatro é político, na medida em que ele provoca o debate e a divergência de ideias”, define Paulo de Moraes.

 

“A estrutura da peça propõe uma sucessão de reinícios, com diferentes personagens adquirindo protagonismo a cada vez que a história é contada. O personagem central é esse “dia” onde cada um deles tem que se posicionar sobre o mundo e a época em que vivem. Como permanecer limpo num mundo onde tudo pode ser relativizado, ou quando a vida muda radicalmente num estalo?”, completa Moraes.

 

Patrocinada pela Petrobras há 14 anos, a companhia acaba de se apresentar nos dois mais importantes festivais de teatro do mundo, Avignon (na França) e Edimburgo (no Reino Unido), o grupo segue turnê pelo Brasil, apresentando-se também em São Paulo, Vitória e Belo Horizonte. Em Avignon, a peça recebeu o prêmio Coup de Coeur (dado pelo Club de la Presse d’Avignon aos 3 melhores espetáculos inéditos no Festival). Em Edimburgo, o Armazém recebeu o Fringe First Award, prêmio concedido pelo jornal The Scotsman (o maior da Escócia) às dramaturgias mais ousadas e inovadoras apresentadas no Festival.

 

A direção musical fica a cargo de Ricco  Viana. A trilha sonora do espetáculo é  executada ao vivo (Divulgação)
A direção musical fica a cargo de Ricco
Viana. A trilha sonora do espetáculo é
executada ao vivo
Sobre a Armazém


A Companhia nasceu em Londrina (PR) e se instalou no Rio em 1998. Em sua tragetória, a Armazém já fez espetáculos históricos, como Toda Nudez será Castigada, Inveja dos Anjos e Alice através do Espelho. A Armazém Companhia de Teatro já conquistou mais de 20 prêmios nacionais, entre o quais o Mambembe, o Shell e o Cultura Inglesa. 

 


 
Serviço:

O dia em que Sam Morreu – Com o Armazém Companhia de Teatro

 

Direção: Paulo de Moraes.
Dias: 3 e 4 de outubro (sexta e sábado), 21 horas e 5 de outubro (domingo), 20 horas
Local: Teatro Funarte Plínio Marcos – Eixo Monumental

Telefone:(61) 3322-2076
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) – desconto de 50% no valor inteiro na compra de até 2 ingressos para a força de trabalho e clientes do Cartão Petrobras
Recomendação etária: 14 anos

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