..
  • (0) Comentários
  • Votação:
  • Compartilhe:

Exposição internacional explora a influência da fotografia na formação das múltiplas visões de mundo

Galeria do Espaço Cultural Marcantonio Vilaça recebe a exposição "Mundo, Imagem, Mundo", que traz a Brasília mais de 80 trabalhos de 18 artistas de 12 países. Obras fotográficas impressas e vídeos ocupam o espaço até o dia 18 de junho.

Da redação com Assessorias - Redação Publicação:16/03/2016 09:06Atualização:16/03/2016 09:31
Entre os dias 17 de março e 18 de junho, o Espaço Cultural Marcantonio Vilaça do Tribunal de Contas da União, em Brasília, recebe a exposição “Mundo, imagem, mundo”, que reúne cerca de 80 obras fotográficas impressas e 6 vídeos de 18 artistas provenientes de 12 países – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Nigéria e Sérvia. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9 às 19 horas, e aos sábados, das 14 às 18 horas. A entrada é gratuita.

O conjunto de obras apresentado em Brasília faz parte dos trabalhos selecionados a partir de convocatória pública empreendida em 2015 pelo Festival Internacional de Fotografia de Belo Horizonte, FIF-BH, que recebeu, ao todo, mais de 1450 inscrições, vindas de 48 países dos cinco continentes. Além da dupla idealizadora do projeto, os artistas visuais mineiros Bruno Vilela e Guilherme Cunha, também participaram da curadoria o crítico e ensaísta Eduardo de Jesus, membro-diretor da Associação Cultural Videobrasil (SP) e professor da PUC Minas; e Patrícia Azevedo, artista e professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais.
 
O vídeo Las Moscas También Durmen ironiza alguns códigos estéticos como mistério, horror e humor negro. (Reprodução/Las Moscas También Durmen/Ricardo Muñoz Izquierdo)
O vídeo Las Moscas También Durmen ironiza alguns códigos estéticos como mistério, horror e humor negro.
 
“Nos trabalhos são investigados os diversos mundos que coexistem, se sobrepõem e se tencionam em diferentes contextos sociais e históricos”, afirma Bruno Vilela. “As obras representam diferentes visões de mundo e visões sobre o mundo. A potência de muitas das imagens reside na forma como evidenciam o impacto e até mesmo uma certa fragilidade das estruturas de controle e poder vigentes, dissolvem barreiras ou discutem a apropriação de valores culturais e históricos, levantando questões e reflexões sobre a organização das sociedades – obras em que a poética da imagem converge com o pensamento político, sem serem panfletárias”, afirma Guilherme Cunha.

Mundo, imagem, mundo

O ser humano cria imagens e as utiliza como meio para construir, entender e propagar ideias. Elas influenciam as percepções e produções de realidades, gerando múltiplos entendimentos sobre as concepções possíveis de mundo. O processo de compreensão e construção de realidades está em constante movimento e transformação. Nos diversos contextos culturais estas visões coexistem, se sobrepõem, se intercruzam e se contestam. Essas constantes trocas entre o mundo, a imagem e o mundo geram um intenso fluxo que impacta as relações humanas. A imagem se torna então uma ferramenta de poder, pois ela tanto organiza como desestabiliza realidades.

Gerar processos de reflexão sobre a produção imagética e suas influências no mundo, é o que pretende a exposição “Mundo, imagem, mundo”, que busca promover o diálogo entre a produção fotográfica de diferentes países, bem como o encontro entre fotografia e outros meios de expressão criativa.
 
A aproximação de Pfeifer é singular tanto na forma de representação das imagens em movimento, quanto em tornar visível a crueldade das práticas antropológicas em uma comunidade que sofreu uma violenta transformação política, econômica, cultural, religiosa e social. (Reprodução/Approximation/Mario Pfeifer)
A aproximação de Pfeifer é singular tanto na forma de representação das imagens em movimento, quanto em tornar visível a crueldade das práticas antropológicas em uma comunidade que sofreu uma violenta transformação política, econômica, cultural, religiosa e social.
 
Artistas em exposição: Akintunde Akinleye (Nigéria), Alban Lécuyer (Sérvia), Amy Elkins (EUA),  Boris Eldagsen (Alemanha), Cassio Campos Vasconcellos (Brasil), Claude Rouyer (França), Cristina Nuñez (Espanha), Daesung Lee (Coreia do Sul), Ivar Veermae (Alemanha), Katherine Longly (Bélgica), Léo Delafontaine (França), Luisa Puterman (Brasil), Marcela Magno (Argentina), Mario Pfeifer (Alemanha), Michael Lundgren (EUA), Nicola Lo Calzo (Itália),  Paul Thulin (EUA),  Ricardo Muñoz Izquierdo (Colômbia)

Ação educativa

O pensamento e a reflexão sobre a imagem e o seu impacto nas relações humanas, propostos na exposição, serão ampliados com a ação do Programa Educativo do Espaço Cultural Marcantonio Vilaça. O projeto de atendimento ao público visitante visa estabelecer um momento de diálogo, de inserção das obras em contextos possíveis, fornecendo acesso e subsídios para que o público conheça e reflita sobre Arte e o universo que a circunscreve.

O TCU conduz um programa educativo de visitação para alunos de instituições públicas do Distrito Federal, que inclui transporte fornecido pelo Tribunal. As turmas são recebidas de segunda a sexta, a partir das 9h no turno da manhã e, à tarde, a partir das 14h. Habitualmente, as turmas agendadas para o Espaço Cultural visitam antes o Museu do TCU, onde, recebidos por educadores, apreciam a exposição Casa dos Contos. Demais instituições, escolas particulares, visitantes espontâneos e outros grupos são atendidos, com ou sem agendamento e conforme a disponibilidade de educadores, nos horários de 9h às 19h de segunda a sexta-feira e, aos sábados, das 14h às 18h.

As visitas podem ser agendadas pelo telefone (61) 3316-5221.
 
As imagens de Daesung Lee acionam sentidos delicados das noções de pessoa e de estar no mundo, o desamparo, a solidão inerente e a coragem frente ao desaparecimento inevitável.  (Reprodução/On the shore of a vanishing island/Daesung Lee)
As imagens de Daesung Lee acionam sentidos delicados das noções de pessoa e de estar no mundo, o desamparo, a solidão inerente e a coragem frente ao desaparecimento inevitável.
 
SERVIÇO
Exposição “Mundo, Imagem, Mundo”
Abertura: 17 de março de 2016, às 19 horas
Visitação: de 18 de março a 18 de Junho // segunda-feira a sexta-feira, das 9 às 19 horas e aos sábados, das 14 às 18 horas.
Espaço Cultural Marcantonio Vilaça | Tribunal de Contas da União (Setor de Administração Federal Sul – SAFS Quadra 4, Lote 1 - Brasília/DF)

Outras exposições no TCU:
Casa dos Contos
Local: Museu do TCU – Ed. Sede do Tribunal de Contas da União
Exposição permanente
Visitação: de segunda à sexta-feira, das 9 às 19 horas

COMENTÁRIOS
Os comentários estão sob a responsabilidade do autor.