Com 175 filmes em sua programação, a Mostra do Filme Livre será novamente sediada em Brasília. A décima quinta edição ficará em cartaz dos dias 13 de abril até 2 de maio no Centro Cultura Banco do Brasil (CCBB Brasília), com entrada franca.
Há mais de uma década sendo o ícone dos filmes alternativos, a mostra traz um panorama completo do cenário audiovisual independente do Brasil. Cerca de 1.342 filmes de todos os cantos do país foram inscritos no evento, e em sua grande maioria, foram realizados sem verbas governamentais. “De curtas infantis (alguns feitos por crianças) a longas de horror, sem esquecer os documentários e as videoartes e abstrações que passam em loop nas Cabines Livres, tem de quase tudo na MFL. E olha que apenas quinze por cento dos inscritos foram selecionados. São quase duzentos filmes que mostram a versatilidade, a potência e a poesia do cinema possível brasileiro”, afirma Guilherme Whitaker, um dos curadores da mostra.
Filmes do evento são feitos, em sua maioria, sem a ajuda do governo
Os filmes serão distribuídos em diversas sessões Longas Livres (os longas mais significativos na opinião da curadoria); Panoramas Livres (os curtas e médias que mais instigaram a curadoria, de onde saem a maioria dos premiados de cada edição); Mundo Livre, com filmes feitos por brasileiros no exterior); Pílulas (com filmes de até três minutos); Outro Olhar (filmes que a curadoria identificou uma qualidade de invenção e esforço no sentido de experimentar a linguagem audiovisual); a tradicional Mostrinha, com curtas voltados ao público infantil e a Cabine Livre, um espaço montado especialmente para exibir obras de videoarte em loop. Além disso, a mostra traz a categoria Coisas Nossas, onde o público tem acesso a filmes feitos pelos curadores e pela produção da Mostra e a Caminhos, que apresenta filmes realizados em oficinas e escolas de cinemas.
A Destaques desse ano homenageia Cristiano Burlan, Pedro Dantas, Louise Botkay e os Autores Livres trazem curtas e longas de diretores já homenageados e/ou premiados nas MFLs anteriores. A MFL também traz novas categorias:
Panaméricas Latinas: resultado da expansão da mostra pela América Latina ao longo das últimas edições. Pela primeira vez foram selecionados filmes livres de países vizinhos. Um deles, o Chile, terá inclusive uma sessão específica, a Especial Chile em Cine.
Biografemas: conjunto de filmes que traçam um diálogo com obras de artistas em diferentes tempos e linguagens.
Territórios: é composta por filmes que partem de questões locais muito específicas, mas que têm em comum a busca por um tempo inerente a cada espaço filmado. De novidade, a MFL traz, ainda, a sessão Sonoras, que lança um olhar bastante peculiar na multiplicidade e nas idiossincrasias da música brasileira contemporânea.
Terror no DF: Representante único do DF na MFL, o filme “A Capital dos Mortos II” É a segunda parte da saga de terror trash do cineasta Tiago Belotti. Após a sessão do dia 30/4, Belottii participa de um debate aberto ao público com mediação de Christian Caselli, curador da mostra e expert em cinema trash.
Loucura: No dia 1 de maio, às 19h30, após a sessão do filme "A loucura entre nós", documentário de Fernanda Fontes Vareille passado em corredores e grades de um hospital psiquiátrico, o público está convidado a participar de um debate sobre os limites da insanidade. Participam Marcelo Veras, psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e autor do livro "A loucura entre nós", e Eva Falheiro, coordenadora do Movimento Pró-saúde Mental do DF e Diretora da Inverso, sob mediação de Giovanna Quaglia, psicanalista, membro da Delegação Geral GO/DF e da Escola Brasileira de Psicanálise.
Sonoras- A música brasileira, com toda a sua multiplicidade, também abarca a antropofagia oswaldiana e deglute ritmos estrangeiros. Mesmo rit- mos considerados “colonizados” acabam se transformando por aqui, ganhando uma identidade própria e ainda tendo o status de “porta- -voz das periferias”. É o caso hip-hop, rap, funk etc., cujas biografias de músicos bacanérrimos você encontra nas sessões SONORAS da MFL.
A Mostra também contará com uma oficina de GIF, que vem tomando a internet. O monitor será Leo Pyrata, cineasta e artista visual que atua nos cinemas mineiro e pernambucano. As inscrições para a oficina são gratuitas pelo site da MFL e se iniciarão em meados de abril.
Lembranças de Mayo é um dos concorrentes ao prêmio
Ingressos: entrada franca - mediante retirada de senha com uma hora de antecedência Lotação: 70 lugares Horários da Bilheteria: 13h às 21h, de quarta a segunda-feira Acesso para pessoas com deficiência: Sim Horários e classificação indicativa disponíveis no site www.bb.com.br/cultura e no facebook.com/ccbb.brasilia