Participação de importados no consumo dos brasileiros tem primeira queda desde 2009
Foram avaliados 27 setores, dos quais 12 importaram menos do que no trimestre anterior
Em relação ao segundo semestre, houve leve queda de 0,2 ponto percentual, informa o estudo Coeficientes de Abertura Comercial. A CNI não soube informar, porém, se essa é uma tendência. Já na comparação com a terceiro trimestre de 2011, houve uma elevação de 0,5 ponto percentual no coeficiente.
No estudo, elaborado em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), foram avaliados 27 setores, dos quais 12 importaram menos do que no trimestre anterior. As maiores quedas ocorreram nas indústrias de petróleo e biocombustíveis (de 2,4 pontos percentuais) e farmoquímicos e farmacêuticos (de 0,7 ponto percentual).
Para os técnicos da CNI, os setores que registraram retração foram influenciados pela alta da taxa de câmbio ocorrida no início do ano e pelas “medidas adotadas pelo governo para a desoneração dos setores industriais”.
No caso das exportações da indústria, o estudo mostra estabilidade no coeficiente em 18% no terceiro trimestre. A manutenção do índice foi atribuída às medidas do governo de desoneração da folha de pagamento de alguns setores e à desvalorização do real desde o início do ano. No terceiro trimestre de 2011, o coeficiente de exportação ficou em 17,9%.
Os técnicos entendem, no entanto, que o Coeficiente de Exportações continua bem abaixo da máxima histórica de 20,7% registrada no segundo trimestre de 2007. Um dos motivos, indica o estudo, é que o “mercado lá fora está muito ruim, por isso as exportações não decolam".
A CNI informou ainda que a maioria dos setores da indústria de transformação aumentou as exportações no terceiro semestre de 2012 em relação ao período imediatamente anterior, com destaque para o de fumo, couros e calçados e máquinas e materiais elétricos.