Estudo decifra o processo de envelhecimento

A descoberta pode levar a novos tratamentos para doenças envolvendo a velhice

Diminuir Fonte Aumentar Fonte Imprimir Corrigir Notícia Enviar
Agência Estado Publicação:02/05/2013 09:25Atualização:02/05/2013 09:35
 (Beto Magalhaes/EM/D.A Press)

Um estudo realizado por cientistas de Albert Einstein College of Medicine em Nova York, nos Estados Unidos, aponta que a atividade de uma molécula no hipotálamo (uma região do cérebro) é responsável por sinalizar o começo do envelhecimento. A pesquisa foi publicada na quarta-feira, 01, na revista especializada Nature. A descoberta pode levar a novos tratamentos para doenças envolvendo a velhice.

A equipe do fisiólogo Dongsheng Cai monitorou, no cérebro de ratos, a atividade da NF-kB, uma molécula que controla a transcrição de DNA e é relacionada a inflamações e à reação do corpo a situações de estresse. Eles descobriram que a molécula se torna mais ativa no hipotálamo conforme o rato fica mais velho.

Procedimento
Quando era injetada nos animais uma substância que inibe a ação da NF-kB, os ratos viviam mais, tinham mais sucesso em testes de cognição e movimento e mostraram menor declínio em força muscular, espessura de pele e massa óssea. Já os ratos que receberam a substância que estimulava a atividade da molécula morriam mais cedo.

“Nós oferecemos evidências científicas para o conceito de que o envelhecimento sistêmico é influenciado por um tecido particular no corpo”, disse Cai.

Manipulando o hipotálamo, ele conseguiu aumentar a longevidade dos ratos em 20%. E admitiu que o mesmo tratamento pode funcionar em humanos.

COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.