Aumenta número de suicídios de pessoas entre 35 e 64 anos nos EUA

Historicamente, esforços de pesquisa e prevenção do suicídio teve como foco os jovens e maiores de 65 anos, mas relatório sugere que as pessoas de média idade requerem mais atenção

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AFP - Agência de Notícias Publicação:02/05/2013 16:02Atualização:02/05/2013 16:13
Os suicídios entre as pessoas de 35 e 64 anos nos Estados Unidos aumentaram 28% durante a última década, superando nos últimos anos os acidentes de trânsito como uma das principais causas de morte, segundo as últimas estatísticas oficiais publicadas nesta quinta-feira.

A taxa anual de suicídio neste grupo etário aumentou de 13,7 em 100.000, em 1999, para 17,6 em 100.000, em 2010, com uma grande alta entre os brancos não hispânicos (40%) e os nativos americanos e autóctones do Alasca (65%), segundo a agência federal dos Centros para Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC, siglas em inglês).

Os suicídios, que registraram um aumento em todos os estados do país, totalizaram 38.364 mortes durante esse período, frente a 33.687 mortes por acidente de carro e motocicleta.

Por idade, o maior aumento nos suicídios foi registrado entre os 50 e 54 anos (48%) e entre 55 e 59 anos (49%). Durante a última década, o número de suicídios aumentou mais entre as mulheres 35 a 64 anos (32%) do que entre os homens (27%). As estatísticas também mostram um forte aumento dos suicídios por enforcamento (81%), envenenamento (24%) e armas de fogo (14%), indica o CDC.

No entanto, a taxa de suicídios entre os jovens (10 a 34 anos) e mais velhos (mais de 65) se manteve praticamente sem alteração durante o mesmo período.Historicamente, a maioria dos esforços de pesquisa e prevenção do suicídio teve como foco os jovens e maiores de 65 anos.Este relatório sugere que as pessoas de média idade requerem mais atenção.

"O suicídio é uma tragédia muito frequente e estes números evidenciam a necessidade de investigá-lo para entender melhor os fatores de risco para o desenvolvimento de programas de prevenção", indicou em um comunicado o diretor do CDC, Tom Frieden.

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