Estudo revela que neurônios são criados na vida toda
Cerca de 700 novos neurônios são gerados por dia em cada hipocampo
Agência Estado
Publicação:07/06/2013 10:02
A formação - ou não - de neurônios no cérebro humano ao longo da vida é um dos assuntos que mais “queimam neurônios” dos neurocientistas. Há evidências de que novas células neuronais são geradas em algumas estruturas cerebrais até a vida adulta, mas a frequência com que isso ocorre e a importância desse processo (chamado neurogênese) dentro da fisiologia do cérebro como um todo são temas ainda pouco compreendidos pela ciência.
Tão interessante quanto os resultados é o método que os pesquisadores desenvolveram para chegar até eles. Para determinar a idade dos neurônios e concluir em que momento da vida eles foram gerados, utilizou-se uma técnica de datação de carbono semelhante à que se usa na arqueologia e na paleontologia para datação de fósseis e objetos antigos.
Cientistas mediram no DNA de cada neurônio a concentração de carbono-14, um isótopo de carbono não radioativo produzido pela explosão de bombas atômicas na superfície, nos vários testes realizados durante a Guerra Fria nas décadas de 1950 e 1960. Comparando a concentração de carbono-14 nas células às concentrações de carbono-14 na atmosfera no passado, foi possível determinar em que ano cada neurônio foi gerado. Se um neurônio “nasceu” em 1995, mas a pessoa nasceu em 1965, por exemplo, isso significa que ele foi gerado na vida adulta.
O próximo passo é tentar determinar a importância dessa neurogênese nas funções cerebrais. Segundo cientistas, o fato de tantas células serem formadas continuamente sugere fortemente que elas têm um papel importante na manutenção das funções cognitivas do hipocampo ao longo da vida.
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Agora, em um estudo “bombástico” publicado na revista científica "Cell", pesquisadores revelam evidências diretas e inéditas de que neurônios são formados continuamente ao longo da vida no hipocampo, uma região do cérebro fortemente associada à memória e ao aprendizado. Mais especificamente, cerca de 700 novos neurônios por dia em cada hipocampo (o cérebro tem dois, um em cada hemisfério). O estudo foi feito com cérebros congelados (doados após a morte) de pessoas entre 19 e 92 anos, sob a coordenação de cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia.- Explorar o mundo ajuda a formar o cérebro e as aventuras tornam cada indivíduo diferente
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Tão interessante quanto os resultados é o método que os pesquisadores desenvolveram para chegar até eles. Para determinar a idade dos neurônios e concluir em que momento da vida eles foram gerados, utilizou-se uma técnica de datação de carbono semelhante à que se usa na arqueologia e na paleontologia para datação de fósseis e objetos antigos.
Cientistas mediram no DNA de cada neurônio a concentração de carbono-14, um isótopo de carbono não radioativo produzido pela explosão de bombas atômicas na superfície, nos vários testes realizados durante a Guerra Fria nas décadas de 1950 e 1960. Comparando a concentração de carbono-14 nas células às concentrações de carbono-14 na atmosfera no passado, foi possível determinar em que ano cada neurônio foi gerado. Se um neurônio “nasceu” em 1995, mas a pessoa nasceu em 1965, por exemplo, isso significa que ele foi gerado na vida adulta.
O próximo passo é tentar determinar a importância dessa neurogênese nas funções cerebrais. Segundo cientistas, o fato de tantas células serem formadas continuamente sugere fortemente que elas têm um papel importante na manutenção das funções cognitivas do hipocampo ao longo da vida.