Elixir para a visão »

Terapia que inclui massagens nos olhos e no corpo promove melhora da capacidade visual e relaxamento

O método Meir Schneider - self-healing trabalha com exercícios visuais de forma a exercitar o cérebro para que a visão seja estimulada

Diminuir Fonte Aumentar Fonte Imprimir Corrigir Notícia Enviar
Sara Lira - Estado de Minas Publicação:28/06/2013 13:00Atualização:27/06/2013 09:00
A terapeuta Alja Reis Lamas diz que a luz solar é usada para estimular as pupilas e ajudar no tratamento de self-healing  (Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
A terapeuta Alja Reis Lamas diz que a luz solar é usada para estimular as pupilas e ajudar no tratamento de self-healing
Um erro médico cometido há cerca de 20 anos por pouco não provocou a perda total de visão da vendedora Leila Aguiar Azevedo, de 80 anos. Diagnosticada com um problema na retina, ela chegou a ir para a mesa de cirurgia, porém, afirma que o oftalmologista operou o olho errado. “Fizeram a operação no olho que não estava doente e cheguei a ficar cega”, lembra. Nessa época, uma amiga apresentou a ela um manual com exercícios para os olhos. “Comecei a sentir melhora rapidamente, voltei a trabalhar, a ler e o olho foi voltando ao normal sozinho”, conta.

A técnica que ajudou na cura de Leila é o método Meir Schneider – self-healing. Na prática, são exercícios e massagens nos olhos e no corpo, com o objetivo de melhorar a capacidade visual e relaxamento. Segundo a terapeuta self-healing Alja Reis Lamas, quem criou o método foi Meir Schneider, terapeuta que foi diagnosticado com problemas de visão logo depois do nascimento. Como consequência de diversas cirurgias que precisou fazer, aos 5 anos ficou cego. Aos 16, conheceu os exercícios visuais e, com o decorrer do tempo, chegou a recuperar parte da visão. “Pouco tempo depois, ele adquiriu uma visão funcional. Como deu certo com os olhos, também criou exercícios para o corpo, que fortalecem os músculos e melhoram a respiração”, diz Alja Lamas.

Segundo a especialista, a terapia trabalha com exercícios visuais de forma a exercitar o cérebro para que a visão seja estimulada. “Se a pessoa tem uma deficiência, trabalhamos aquilo de forma que o próprio cérebro seja estimulado. Depois de fazer os exercícios, a pessoa já sente uma melhora na visão”, explica. São realizados também exercícios suaves e técnicas de relaxamento. Durante as sessões, são várias as atividades. “Utilizamos a luz do Sol para estimular a pupila e depois no escuro para provocar o relaxamento. Outras atividades são feitas para incentivar a visão periférica, de longe e de perto, e o equilíbrio dos olhos. Os exercícios são muito lúdicos”, diz.

Segundo Alja Lamas, por conter exercícios físicos também, o self-healing ajuda ainda em problemas de movimento, posturais, em doenças como a distrofia muscular e pode ser positivo até mesmo para relaxamento. “Em geral, são exercícios para tratar problemas visuais, mas se a pessoa chega para tratar um problema desse tipo e percebo que ela também tem uma tensão na região no ombro, trabalho para relaxar essa região. Aí o sangue vai mais para a cabeça e, consequentemente, oxigenando os olhos”, afirma Alja. “A gente consegue dar uma qualidade de vida muito melhor ao paciente”, completa.

De acordo com ela, a terapia pode funcionar como um método preventivo visando manter a qualidade da visão que a pessoa possivelmente já tenha. “É indicada para qualquer pessoa, pois, além de ser terapêutica, é preventiva. Se a pessoa tem bom olho, aos 45 anos em geral já começa a ter problemas com a visão de perto. Por isso, é importante prevenir para que chegue aos 70, 80 anos com o olho mais forte”, destaca.

RESULTADOS
A aposentada Leila Aguiar Azevedo garante que a técnica surte efeitos. Hoje, aos 80 anos, ela conta que os exercícios foram tão bons que ela consegue ler sem o uso de óculos. “Quando passei pela cirurgia feita de forma incorreta, não via o letreiro do ônibus e pedia às pessoas para me avisar quando o meu estava chegando. Depois de iniciar os exercícios, comecei a sentir uma melhora rápida”, diz. Até hoje ela faz as atividades diariamente em casa e já até passou para a filha, que faz o tratamento com o auxílio de um profissional da área. “Lembro que, um tempo depois de ter começado os exercícios, outro médico me examinou e disse que minha recuperação era um milagre”, afirma.

Já o servidor público Rafael Azzi, de 34 anos, começou a desenvolver os exercícios do self-healing em julho do ano passado, depois de passar por uma longa temporada de estudos para um concurso público. Na época, ele precisou ler bastante, o que forçou os olhos e provocou um aumento no grau de miopia. Ele se exercita durante o dia e de forma fracionada. “Senti melhora depois que comecei a fazer os exercícios. Meu grau não aumentou mais e sinto que gradualmente minha visão está melhorando. Estou menos dependente de óculos e aprendi a não usá-los 24 horas por dia”, conta.

Na praça
Ocasionalmente, Alja faz o self-healing em praças de Belo Horizonte, onde realiza exercícios gratuitamente para quem quiser participar. A última atividade foi em 14 de junho na Praça da Assembleia e a próxima deve ocorrer em julho, em data a ser definida pela terapeuta.

COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva dos autores.