O casamento perfeito entre atividades aeróbicas e fortalecimento muscular, alongamento e equilíbrio deu origem ao CoreAlign. Criado pelo fisioterapeuta sul-africano Jonathan Hoffman em 2006, a prática só chegou ao mercado mundial em 2008. No Brasil, a técnica é recente e há três anos e meio atrai adeptos. Todas os exercícios são realizados em cima do aparelho desenvolvido por Hoffman e produzido em parceria com a Balanced Body, reconhecida por produtos de Pilates.

O equipamento se assemelha a um tablado com duas pranchas deslizantes onde são posicionados os pés ou as mãos. Essas pranchas correm livremente e de forma independente para frente e para trás, à medida que os movimentos são executados. Também permitem atividades com rotação, já que, na parte central, podem ser fixados discos utilizados em exercícios que exigem mais equilíbrio e coordenação motora.

Para garantir ainda mais dificuldade e demandar esforço maior da musculatura, as pranchas podem ganhar “peso” por meio de elásticos que são acoplados a elas e fixados nas extremidades do aparelho. São seis opções com diferentes resistências que vão exigir mais ou menos força durante as atividades, de acordo com a evolução do aluno ou mesmo os objetivos do exercício, que podem ser de redução de dores ou condicionamento muscular.

Para trabalhar o corpo de forma integrada, o tablado é posicionado em frente a barras semelhantes às utilizadas nas academias durante os alongamentos. Em conjunto, o equipamento permite a execução de mais de 170 formas diferentes de exercícios, segundo aponta o próprio idealizador. Número que vem aumentando a cada dia.

Para a fisioterapeuta Maíra Flores – master trainer, autorizada pela Physio Pilates a treinar novos instrutores de CoreAlign em Minas Gerais –, os benefícios dos exercícios, que englobam movimento, força e equilíbrio, são inúmeros. “Um deles seria a melhoria na execução dos movimentos diários. Isso porque focamos muito o realinhamento corporal e reequilíbrio muscular. Trabalhamos as fundações dos movimentos, que são todos os componentes corporais como os músculos e articulações, promovendo um corpo mais forte, alongado, resistente e livre de dor”, explica. A fisioterapeuta Flávia Basques, que trabalha com CoreAlign há um ano e meio, acrescenta. “Melhora a habilidade de movimentar o corpo todo, além da postura, força, flexibilidade, controle e orientação corporal no espaço”, resume.

A atividade não tem contraindicações. “Apenas devemos ter precauções com grávidas, pessoas com déficit de equilíbrio ou que apresentem alguma dor ou lesão”, lembra Flávia. Para a empresária Michelle Minchilo, de 31 anos, o CoreAlign foi uma ótima alternativa para complementar os exercícios de pilates que já faz há três anos. “Precisava de uma carga aeróbica maior que faltava no pilates”, conta. Além de melhorar a capacidade cardiovascular, tônus e massa muscular adquiridos com a prática semanal, ela ainda conta sobre o benefício que obteve durante o processo de recuperação de uma lesão no joelho. “Fortaleceu e aumentou a resistência.”

DOR MUSCULAR

 

Idealizado originalmente para reabilitação muscular e somente depois adaptado como atividade aeróbica, o CoreAlign mantém a função de auxiliar no tratamento de dores e recuperação de áreas lesionadas. O engenheiro José Eustáquio Ávila Machado, de 61, comemora a descoberta da técnica antes de ter partido para a mesa de cirurgia. “Teria que fazer uma cirurgia de hérnia de disco que acabou sendo adiada e atualmente acredito que não será mais necessária, já que as dores praticamente sumiram ou estão com a intensidade bastante reduzida”, conta.

O engenheiro explica que a solução veio do fortalecimento da musculatura, principalmente do abdômen. “Isso tem ajudado bastante a estabilizar a coluna vertebral. Dessa forma, as dores reduziram e ainda ganhei mais equilíbrio nas caminhadas, com passo firme e cada vez mais rápido”, comemora. Maíra explica que a reabilitação da coluna vertebral consiste justamente nesse trabalho abdominal intensivo. “O músculo do abdômen se fortalece sustentando a coluna e, assim, aliviando a dor”, acrescenta. As aulas individuais duram, em média, 50 minutos e custam cerca de R$ 85 cada sessão. Em grupo, a duração pode subir para uma hora e os custos caem para cerca de R$ 50 a aula.

 

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