Riscos da transfusão de sangue têm diminuído no Brasil
Entre os riscos em potencial analisados estão a falta de manutenção de equipamento, área física, biossegurança e relato de ocorrências
Agência Brasil
Publicação:17/08/2013 10:28
Os riscos em potencial dos serviços de hemoterapia, que lidam com o ciclo de transfusão de sangue, têm diminuído no Brasil. É o que mostra a prévia do Relatório Anual da Avaliação Sanitária de Serviços de Hemoterapia – 2012 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgado nesta sexta-feira.
O documento apresenta o perfil sanitário dos serviços de hemoterapia brasileiros, classificados em cinco categorias compreendidas entre baixo e alto risco sanitário. Entre os riscos em potencial analisados estão a falta de manutenção de equipamento, área física, biossegurança e relato de ocorrências.
Entre 2011 e 2012, a queda do número de serviços classificados como de alto risco e de médio alto risco caíram de 21,56% para 16,34%, enquanto os considerados de baixo risco e de médio baixo risco aumentaram de 59,16% para 70,42%.
Área física, registro e qualificação de equipamentos e dispositivos e notificação de eventos adversos são pontos que ainda têm mais de 40% de desconformidade com as normas. A Região Norte é a que mais apresenta serviços de alto risco (quase 25%)
“Baseado nos resultados desse relatório, a gente traça políticas públicas em cima das não conformidades, do grau de risco por região, por categoria de serviço e cria política para melhorias”, disse Araújo. Ele disse que as regiões Sul e Sudeste têm avançado mais em relação ao padrão de qualidade e que a preocupação é maior quanto à Região Norte.
De acordo com o gerente, esses riscos em potencial são situações que podem levar a um risco, “são não conformidades que podem levar a um risco, não quer dizer que eles levem a um risco, porque quando há um risco iminente, o local é interditado ou notificado”. Como exemplo desses riscos em potencial, Araújo citou a falta de manutenção de um refrigerador, que no momento não causa danos ao material armazenado, mas com o tempo pode causar.
Anualmente, são coletadas cerca de 4 milhões de bolsas de sangue em todo o país. Cerca de 5% das coletas são descartadas por algum problema sorológico e 18% dos candidatos a doação são recusados, entre outros motivos por problemas de saúde. “O Brasil hoje, na questão da segurança do sangue, tem nível de primeiro mundo, não tem nada a desejar a nenhum país de primeiro mundo”, disse Araújo.
A Anvisa analisou a avaliação de 1.053 serviços, o que equivale a uma amostra de aproximadamente 52% dos 2.016 serviços de hemoterapia cadastrados no Sistema Nacional de Cadastro de Serviço de Hemoterapia.
A conclusão do trabalho será divulgada no 5º Boletim Anual de Avaliação Sanitária em Serviços de Hemoterapia, que será lançado no Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia, em novembro de 2013 (Hemo 2013).
Andrea Barros doando sangue na Unidade Móvel do Hemocentro da Paraíba
O documento apresenta o perfil sanitário dos serviços de hemoterapia brasileiros, classificados em cinco categorias compreendidas entre baixo e alto risco sanitário. Entre os riscos em potencial analisados estão a falta de manutenção de equipamento, área física, biossegurança e relato de ocorrências.
Entre 2011 e 2012, a queda do número de serviços classificados como de alto risco e de médio alto risco caíram de 21,56% para 16,34%, enquanto os considerados de baixo risco e de médio baixo risco aumentaram de 59,16% para 70,42%.
Saiba mais...
Em entrevista à Agência Brasil, João Paulo Baccara Araújo, gerente de sangue e componentes da Anvisa, explicou que os serviços de hemoterapia são divididos em seis categorias, que vão da mais complexa, que faz todo o ciclo do sangue, desde a captação do doador até a transfusão, passando pela coleta, processamento, exames laboratoriais e vão até as de menor complexidade, que recebem o sangue pronto, armazenam e, na medida da necessidade, recebem as amostras do doente, testam a compatibilidade e aplicam o sangue.- Fundação Hemominas cria ação nas redes sociais para incentivar doação de sangue
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Área física, registro e qualificação de equipamentos e dispositivos e notificação de eventos adversos são pontos que ainda têm mais de 40% de desconformidade com as normas. A Região Norte é a que mais apresenta serviços de alto risco (quase 25%)
“Baseado nos resultados desse relatório, a gente traça políticas públicas em cima das não conformidades, do grau de risco por região, por categoria de serviço e cria política para melhorias”, disse Araújo. Ele disse que as regiões Sul e Sudeste têm avançado mais em relação ao padrão de qualidade e que a preocupação é maior quanto à Região Norte.
De acordo com o gerente, esses riscos em potencial são situações que podem levar a um risco, “são não conformidades que podem levar a um risco, não quer dizer que eles levem a um risco, porque quando há um risco iminente, o local é interditado ou notificado”. Como exemplo desses riscos em potencial, Araújo citou a falta de manutenção de um refrigerador, que no momento não causa danos ao material armazenado, mas com o tempo pode causar.
Anualmente, são coletadas cerca de 4 milhões de bolsas de sangue em todo o país. Cerca de 5% das coletas são descartadas por algum problema sorológico e 18% dos candidatos a doação são recusados, entre outros motivos por problemas de saúde. “O Brasil hoje, na questão da segurança do sangue, tem nível de primeiro mundo, não tem nada a desejar a nenhum país de primeiro mundo”, disse Araújo.
A Anvisa analisou a avaliação de 1.053 serviços, o que equivale a uma amostra de aproximadamente 52% dos 2.016 serviços de hemoterapia cadastrados no Sistema Nacional de Cadastro de Serviço de Hemoterapia.
A conclusão do trabalho será divulgada no 5º Boletim Anual de Avaliação Sanitária em Serviços de Hemoterapia, que será lançado no Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia, em novembro de 2013 (Hemo 2013).