Pesquisa em nove cidades brasileiras diz que 11% dos alimentos servidos em restaurantes estão impróprios

A investigação avaliou alimentos coletados nas cidades de Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP), Vitória (ES) e Guarujá (SP). Objetivo é estabelecer selo de qualidade para Copa do Mundo 2014

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Da redação Publicação:06/09/2013 13:44Atualização:06/09/2013 14:02
De acordo com o teste, realizado entre abril e maio deste ano, 57% dos alimentos estão insatisfatórios, ou seja, apresentaram falha na higiene em alguma etapa da produção (Marcos Michelin/EM/D.A Press)
De acordo com o teste, realizado entre abril e maio deste ano, 57% dos alimentos estão insatisfatórios, ou seja, apresentaram falha na higiene em alguma etapa da produção
Uma pesquisa divulgada nesta semana apontou alto nível de contaminação em alimentos comercializados em ruas, praias e restaurantes de nove cidades brasileiras, incluindo capitais que serão sedes da Copa do Mundo de 2014, como Belo Horizonte. O estudo conduzido pela Associação Proteste de Consumidores foi divulgado durante seminário internacional que discutiu a higiene de alimentos fora de casa, promovido pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação (Nepa) da Unicamp.

A partir de análises microbiológicas em 150 alimentos prontos, o estudo constatou que, deste total, 11% estão impróprios para o consumo. Foram encontrados microrganismos nocivos à saúde, como coliformes fecais, estafilococos e bacillus cereus. Conforme a Proteste, estas bactérias podem ocasionar uma síndrome conhecida como DTA, sigla para Doença Transmitida por Alimento, que provoca diarreia, vômitos, perda do apetite e náuseas.

Um levantamento realizado em 2011 pelo Instituto Data Popular mostrou que 65% da população brasileira tem o hábito de comer fora. Para ajuda o consumidor a escolher o melhor lugar para comer, a Proteste lançou a Cartilha de Alimentos, disponível no site da associação.

Ainda de acordo com o teste, realizado entre abril e maio deste ano, 57% dos alimentos estão insatisfatórios, ou seja, apresentaram falha na higiene em alguma etapa da produção. Do total de amostras analisadas, apenas 32% estavam próprias para o consumo.

A investigação avaliou alimentos coletados nas cidades de Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP), Vitória (ES) e Guarujá (SP).

Anvisa
A Anvisa vai instituir um selo de qualidade para a classificação dos estabelecimentos que comercializarão alimentos durante a Copa do Mundo de 2014 (Alessandro Assunção/ON/D.A Press)
A Anvisa vai instituir um selo de qualidade para a classificação dos estabelecimentos que comercializarão alimentos durante a Copa do Mundo de 2014
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá instituir um selo de qualidade para a classificação dos estabelecimentos que comercializarão alimentos durante a Copa do Mundo de 2014. Na Europa, a Dinamarca conta com um modelo similar. Mas a proposta é que o selo e a fiscalização não sejam estipulados somente durante a Copa. O selo de qualidade pretende ser um instrumento a mais para o consumidor fazer a seleção adequada dos estabelecimentos.

A Vigilância Sanitária fará a fiscalização e pontuará o estabelecimento conforme critérios de risco. A informação será divulgada tanto na Internet quanto no estabelecimento. “Precisa ficar claro que estes restaurantes categorizados são estabelecimentos que já estão aptos a funcionarem. Portanto, eles já dispõem, hoje, de um alvará sanitário. A diferença é que a Agência divulgará a performance de cada estabelecimento. A ideia é que isso seja também uma forma de estímulo para que estes comércios qualifiquem seus funcionários, melhorem suas instalações e condições de limpeza”, explica Ângela de Castro, que atua na gerência de inspeção e controle de riscos alimentares da Anvisa.

    • 18/04/2013
    • Cuidados com alimentação fora de casa
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