Cleópatra seduziu Marco Antônio e Júlio César usando um perfume à base de óleos extraídos das flores. Coco Chanel pretendia criar um perfume com cheiro de mulher e Marilyn Monroe passou a dormir vestida com apenas duas gotas do eterno nº 5. Os aromas, ao encontrar a memória, registram sentimentos e emoções. E a escolha do perfume, bem particular, é reveladora a ponto de dar pistas sobre a personalidade, o gosto e o estilo das pessoas, ao mesmo tempo em que podem desvendar os anseios de uma época. Ao ser conquistada por uma fragrância, é sinal de que ela desvenda nuances sobre seu perfil, seu jeito de ser.

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A história do perfume teve origem no Egito no ano de 3000 a.C. com a queima de incensos oferecidos aos deuses por meio da fumaça. Daí surgiu a palavra perfume, em latim per (através) fumum (fumaça). Por meio da fumaça, os egípcios acreditavam que pedidos e orações chegariam rapidamente aos deuses. Crença que eclodiu entre os gregos, romanos e árabes. Já a indústria do perfume nasceu na França, no século 18, e um marco é o ano de 1709, quando o perfumista italiano Jean-Marie Farina criou, na cidade alemã de Colônia, a Kölnisch Wasser (água de colônia), que se tornou a favorita do imperador francês Napoleão Bonaparte. Esse foi o primeiro perfume registrado comercialmente, em 1714. No Brasil, essa indústria só chegou no século 20, na década de 1940. Mas vale registrar que, ainda que o hábito de se perfumar tenha chegado ao país com a corte portuguesa, em 1808, fato é que os escravos foram os criadores do hábito de banhar-se com ervas e flores.

Ao longo dessa rica e envolvente história, os perfumes sempre seduziram mulheres e homens. O Bem Viver mostra hoje por meio de depoimentos de especialistas e personagens apaixonados por perfumes que as gotas que saem, dos pequenos ou dos grandes frascos, carregam forte ligação entre as coisas que ocorrem durante a vida e os cheiros que as acompanham. O perfume, aliás, usa as essências para traduzir ideias, posturas, desejos que vão se tornar um amálgama que despertará sensações em todos que o usam.