Para ONU, epidemia da Aids acabará em 2030

O barateamento do tratamento, o acesso ampliado aos remédios e o início das intervenções médicas cada vez mais cedo estão entre as razões que levam a ONUAids a vislumbrar o fim da epidemia

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Estado de Minas Publicação:20/09/2013 09:19
Número de novas infecções anuais pelo vírus caiu 20% na última década em nível global (Antonio Cruz/ABr - Brasilia )
Número de novas infecções anuais pelo vírus caiu 20% na última década em nível global
Em vez de uma disseminação descontrolada do vírus da Aids, o registro de “um caso aqui e outro ali” de infecção pelo HIV. O cenário será realidade no mundo em 17 anos, estima a Organização das Nações Unidas. “Podemos chegar ao fim da epidemia porque temos tratamento e forma de controlar as infecções. (...) Estamos avançando, não há dúvidas. Eu penso que 2030 é uma meta viável para dizer que chegaremos ao fim da epidemia”, disse Luis Loures, diretor-executivo-adjunto da ONUAids.

O barateamento do tratamento, o acesso ampliado aos remédios e o início das intervenções médicas cada vez mais cedo estão entre as razões que levam a ONUAids a vislumbrar o fim da epidemia. Há 20 anos, tratar um paciente soropositivo custava em média US$ 17 mil. Hoje, o valor caiu para US$ 150 anuais. A introdução dos genéricos explica boa parte da queda do preço.
De acordo com a ONUAids, em 24 meses, o número de pessoas com acesso ao tratamento vital para o HIV aumentou 60%.

Já o número de novas infecções anuais pelo vírus caiu 20% na última década em nível global. Levando em consideração os 25 países que mais sofrem com a doença – 13 deles da África subsaariana –, a taxa é de 50%. No fim de 2011, 34 milhões de pessoas viviam com o HIV no mundo, sendo que a maioria delas (69%) era da África Subsaariana. Lá, um em cada 20 adultos (4,9%) tem Aids. Essa região é seguida pelo Caribe, pelo Leste Europeu e pela Ásia Central, onde 1% dos adultos vive com o HIV.

“O desafio agora são os grupos mais vulneráveis”, disse Loures. Homossexuais masculinos, trabalhadores sexuais e consumidores de drogas fazem parte do grupo, segundo o diretor-executivo- adjunto da ONUAids, devido ao acesso dificultado ao tratamentos por medo de serem discriminados e criminalizados. “Se não conseguirmos controlar a epidemia nesses grupos, a Aids continuará conosco.” Todos os anos são registrados no mundo 3 milhões de infecções pelo HIV. A Aids mata 1,7 milhão de pessoas anualmente.

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