Passada vacinação contra raiva, única na rede pública, os donos devem ficar atentos a outras imunizações
A legislação brasileira só prevê uma vacina obrigatória a todos os mamíferos, a antirrábica, normalmente oferecida pelos órgãos de saúde pública. Apesar disso, há uma série de outras imunizações importantes para o crescimento saudável do cão
Revista do CB - Correio Braziliense
Publicação:23/09/2013 13:00Atualização: 23/09/2013 13:44
Quase todo mundo gosta de ter um filhotinho de cachorro em casa. Eles são pequenos, gordinhos, desajeitados, lindos e sapecas. Porém, apesar da grande popularidade, eles exigem cuidados específicos, que terão impacto durante toda a vida do pet. O mais importante deles, sem dúvida, é a vacinação.
Segundo o médico veterinário Pércio Montebello, a legislação brasileira só prevê uma vacina obrigatória a todos os mamíferos, a antirrábica, normalmente oferecida pelos órgãos de saúde pública. Apesar disso, há uma série de outras imunizações importantes para o crescimento saudável do cão. “Infelizmente, a legislação brasileira deixa a desejar nesse sentido. Cada lugar tem particularidades que trazem necessidades diferentes, de vacinas diferentes.” Pércio destaca as vacinas contra tosse canídea e contra leishmaniose. “Especificamente em Brasília, por exemplo, a leishmaniose passou a ser um problema real, a vacina se tornou quase obrigatória”, explica o veterinário.
Um dos medicamentos disponíveis no mercado brasileiro, que promete imunizar contra 10 doenças, é o Duramune, vacina que foi relançada em agosto. Segundo informações do fabricante, o produto age preventivamente contra cinomose, hepatite, adenovírus tipo 2, parainfluenza, parvovirose, coronavirose, leptospirose, entre outras doenças. Além disso, a nova versão do medicamento, produzida com uma tecnologia que o torna mais puro, diminuiria as reações adversas à vacina, como coceiras, nódulos ou incômodos no local da picada.
Para a estudante Maria Eduarda Flora, que acabou de ganhar uma nova companheira, a shih-tzu Vick, fazer a vacinação nos filhotes é imprescindível para a família com a qual ele conviverá pelo resto da vida. “Vacinar corretamente seu cachorro significa ter sua família protegida de doenças. Quando seu cachorrinho fica doente, toda a família fica triste, além de realmente poder pegar a doença”, diz ela.
Segundo Pércio, o cronograma de vacinas e outras medidas preventivas acabam variando de acordo com a indicação do veterinário, já que não existe previsão legal de medicamentos para cães. “Eu, por exemplo, gosto de dar um vermífugo junto a cada vacina. Não é todo mundo que faz isso”, conta.
Ele acrescenta, no entanto, que há uma orientação unânime entre os veterinários: as vacinas não podem ser dadas de uma vez, devido ao risco de causar reações adversas nos animais. “Para isso, é feito e seguido o cronograma. Sem esse cuidado, o risco de choque anafilático é grande”, conclui.
Para Maria Eduarda, garantir que seu cachorrinho tenha uma vida feliz e saudável é a melhor maneira de deixar a família tranquila. “A forma como a pessoa lida com os animais, com a natureza é reflexo da forma como ela trata os seres humanos. Na minha opinião, isso é essencial.”
Cronograma de vacinas
A única vacina canina que obedece a uma recomendação legal para ser administrada é a antirrábica. Mas há outras imunizações importantes, que devem ser usadas de acordo com a prescrição de um veterinário. Segue a recomendação do veterinário Pércio Montebello.
42 dias de vida
Vacina múltipla e vermífugo (1ª dose)
63 dias
Vacina múltipla e vermífugo (2ª dose)
84 dias
Vacina múltipla e vermífugo (3ª dose)
105 dias
Vacina múltipla e vermífugo (4ª dose)
126 dias
Vacina contra raiva e tosse canina e vermífugo (1ª dose)
147 dias
Vacina contra raiva e tosse canina e vermífugo (2ª dose)
168 dias
Vacina contra leishmaniose e vermífugo
1 ano e 105 dias
Vacina mútipla e vermífugo
1 ano e 126 dias
Vacina contra raiva e tosse canina e vermífugo
1 ano e 147 dias
Vacina contra leishmaniose e vermífugo
Maria Eduarda, com sua cadelinha, Vick: "Vacinar o animal significa ter sua família também protegida"
Segundo o médico veterinário Pércio Montebello, a legislação brasileira só prevê uma vacina obrigatória a todos os mamíferos, a antirrábica, normalmente oferecida pelos órgãos de saúde pública. Apesar disso, há uma série de outras imunizações importantes para o crescimento saudável do cão. “Infelizmente, a legislação brasileira deixa a desejar nesse sentido. Cada lugar tem particularidades que trazem necessidades diferentes, de vacinas diferentes.” Pércio destaca as vacinas contra tosse canídea e contra leishmaniose. “Especificamente em Brasília, por exemplo, a leishmaniose passou a ser um problema real, a vacina se tornou quase obrigatória”, explica o veterinário.
Saiba mais...
Além dos medicamentos já citados, Pércio salienta a importância da vacina múltipla, que, dependendo do fabricante, pode imunizar os cachorros contra até 10 tipos de doenças de uma vez só, como é o caso das vacinas chamadas “V-10”. “Para o cachorro, é a imunização mais importante da vida dele, e deve ser administrada com extremo zelo, uma vez que a droga deve ser aplicada quatro vezes no primeiro ano de vida.”Um dos medicamentos disponíveis no mercado brasileiro, que promete imunizar contra 10 doenças, é o Duramune, vacina que foi relançada em agosto. Segundo informações do fabricante, o produto age preventivamente contra cinomose, hepatite, adenovírus tipo 2, parainfluenza, parvovirose, coronavirose, leptospirose, entre outras doenças. Além disso, a nova versão do medicamento, produzida com uma tecnologia que o torna mais puro, diminuiria as reações adversas à vacina, como coceiras, nódulos ou incômodos no local da picada.
Para a estudante Maria Eduarda Flora, que acabou de ganhar uma nova companheira, a shih-tzu Vick, fazer a vacinação nos filhotes é imprescindível para a família com a qual ele conviverá pelo resto da vida. “Vacinar corretamente seu cachorro significa ter sua família protegida de doenças. Quando seu cachorrinho fica doente, toda a família fica triste, além de realmente poder pegar a doença”, diz ela.
Segundo Pércio, o cronograma de vacinas e outras medidas preventivas acabam variando de acordo com a indicação do veterinário, já que não existe previsão legal de medicamentos para cães. “Eu, por exemplo, gosto de dar um vermífugo junto a cada vacina. Não é todo mundo que faz isso”, conta.
Ele acrescenta, no entanto, que há uma orientação unânime entre os veterinários: as vacinas não podem ser dadas de uma vez, devido ao risco de causar reações adversas nos animais. “Para isso, é feito e seguido o cronograma. Sem esse cuidado, o risco de choque anafilático é grande”, conclui.
Para Maria Eduarda, garantir que seu cachorrinho tenha uma vida feliz e saudável é a melhor maneira de deixar a família tranquila. “A forma como a pessoa lida com os animais, com a natureza é reflexo da forma como ela trata os seres humanos. Na minha opinião, isso é essencial.”
Cronograma de vacinas
A única vacina canina que obedece a uma recomendação legal para ser administrada é a antirrábica. Mas há outras imunizações importantes, que devem ser usadas de acordo com a prescrição de um veterinário. Segue a recomendação do veterinário Pércio Montebello.
42 dias de vida
Vacina múltipla e vermífugo (1ª dose)
63 dias
Vacina múltipla e vermífugo (2ª dose)
84 dias
Vacina múltipla e vermífugo (3ª dose)
105 dias
Vacina múltipla e vermífugo (4ª dose)
126 dias
Vacina contra raiva e tosse canina e vermífugo (1ª dose)
147 dias
Vacina contra raiva e tosse canina e vermífugo (2ª dose)
168 dias
Vacina contra leishmaniose e vermífugo
1 ano e 105 dias
Vacina mútipla e vermífugo
1 ano e 126 dias
Vacina contra raiva e tosse canina e vermífugo
1 ano e 147 dias
Vacina contra leishmaniose e vermífugo