Exames simples podem identificar câncer no coração com boas chances de cura
Tumores cardíacos são raros e, muitas vezes, assintomáticos
Carolina Samorano - Revista do CB
Publicação:05/02/2014 15:00Atualização: 03/02/2014 09:23
“Mas o coração não é o alvo mais frequente de metástases”, complementa Noedir Antônio Groppo Stolf, cirurgião cardiovascular do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e professor emérito da Faculdade de Medicina da USP. “Pode acontecer em alguns casos em que a doença está mais avançada ou de alguns cânceres no rim e nos órgãos genitais, em que ele cresce pela veia cava”, continua. Diferentemente de outras cardiopatias, o tumor cardíaco não escolhe suas vítimas de acordo com a idade ou com os hábitos de vida. “Os metastáticos ocorrem mais em idosos. Mas os primários podem acometer qualquer pessoa, especialmente adultos jovens”, constata Stolf.
O que não necessariamente é motivo de pânico: se o tumor for benigno e tiver localização fácil, como acontece na maioria dos casos, uma cirurgia quase sempre é suficiente para corrigir o problema sem deixar sequelas. “O procedimento é curativo na maioria dos casos e uma recidiva não é comum. Se o tumor for maligno e recidir, às vezes, é necessário quimioterapia e radioterapia, mas o resultado não costuma ser bom”, diz o especialista. Os sintomas podem variar de falta de ar e perda da capacidade física até uma embolia ou um derrame, causados por um fragmento do tumor solto na circulação. Mas casos assintomáticos não são raros. O diagnóstico é feito por exames de imagem de rotina, pedidos normalmente em checapes, como o ecocardiograma e a tomografia.
Saiba mais...
Câncer e doenças cardíacas respondem pelas maiores causas de morte no Brasil, mas são males que quase nunca aparecem relacionados. Embora pouco conhecidos, os tumores cardíacos existem e quase sempre passam despercebidos até que o primeiro ecocardiograma de rotina os denuncie. “Cerca de um quinto das pessoas que morrem de câncer já tem algum tipo de comprometimento metastático no coração”, afirma o cardiologista Ricardo Corso, do Hospital do Coração do Brasil em Brasília. Os tumores de coração podem ser primários, quando a origem é no próprio tecido do coração, ou secundários, quando resultam de metástase de algum outro câncer pré-existente — caso mencionado pelo especialista.- Aumentar 1,5 km no deslocamento diário ajuda a proteger o coração
- Beber café faz bem ao coração
- Pesquisadores brasileiros criam coração provisório para pacientes que aguardam transplante
- Dias frios prejudicam o coração
- Descoberta sobre células cardíacas adolescentes pode revolucionar os tratamentos de doenças congênitas
- Cientistas desenvolvem protótipo que permite a realização de exames complexos
- Cientistas criam capa de silicone que monitora o coração
“Mas o coração não é o alvo mais frequente de metástases”, complementa Noedir Antônio Groppo Stolf, cirurgião cardiovascular do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e professor emérito da Faculdade de Medicina da USP. “Pode acontecer em alguns casos em que a doença está mais avançada ou de alguns cânceres no rim e nos órgãos genitais, em que ele cresce pela veia cava”, continua. Diferentemente de outras cardiopatias, o tumor cardíaco não escolhe suas vítimas de acordo com a idade ou com os hábitos de vida. “Os metastáticos ocorrem mais em idosos. Mas os primários podem acometer qualquer pessoa, especialmente adultos jovens”, constata Stolf.
O que não necessariamente é motivo de pânico: se o tumor for benigno e tiver localização fácil, como acontece na maioria dos casos, uma cirurgia quase sempre é suficiente para corrigir o problema sem deixar sequelas. “O procedimento é curativo na maioria dos casos e uma recidiva não é comum. Se o tumor for maligno e recidir, às vezes, é necessário quimioterapia e radioterapia, mas o resultado não costuma ser bom”, diz o especialista. Os sintomas podem variar de falta de ar e perda da capacidade física até uma embolia ou um derrame, causados por um fragmento do tumor solto na circulação. Mas casos assintomáticos não são raros. O diagnóstico é feito por exames de imagem de rotina, pedidos normalmente em checapes, como o ecocardiograma e a tomografia.