Infecções hospitalares matam 200 pessoas por dia nos EUA
Muitas das infecções bacterianas - que podem acarretar em complicações graves que vão de pneumonia a doenças do trato intestinal - poderiam ser prevenidas se os trabalhadores sanitários cumprissem regras de higiene
AFP - Agence France-Presse
Publicação:27/03/2014 08:42
Pessoas hospitalizadas nos Estados Unidos correm risco de contrair infecções associadas às condições sanitárias, que ainda matam cerca de 75.000 pacientes anualmente, informaram nesta quarta-feira autoridades americanas."Ainda que tenhamos tido avanços, todos os dias mais de 200 norte-americanos com infecções associadas às condições sanitárias morrem durante sua estadia no hospital", disse o diretor dos Centros Federais para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Tom Frieden.
Os números, publicados no New England Journal of Medicine, foram retirados de uma pesquisa feita em 183 hospitais nos Estados Unidos, realizada em 2011. Durante o ano em questão, segundo a pesquisa conduzida pelo CDC, foram registradas 721.800 infecções em 648.000 pacientes hospitalizados. Destes, cerca de 75.000 morreram de infecções hospitalares.
As infecções mais frequentes foram pneumonia e as causadas por uma intervenção cirúrgica (ambas com 22%), seguidas das infecções gastrointestinais (17%), as do trato urinário (13%) e as da corrente sanguínea (10%). Os agentes causadores destas infecções foram Clostridium difficile (12%), Staphylococcus aureus, incluindo Staphylococcus aureus resistente à meticilina ou SARM (11%), Klebsiella (10%), E. coli (9%), Enterococcus (9 %), e Pseudomonas (7%).
O estudo também mostra uma diminuição de 4% no número de infecções causadas por SARM e de 2% nas provocadas por Clostridium difficile entre 2011 e 2012. "Tais acontecimentos representam milhares de vidas poupadas e a prevenção de sofrimento nos pacientes, que também se traduz em menores custos em todo os Estados Unidos", avaliou Patrick Conway, diretor médico dos serviços Medicare e Medicaid, sistema de saúde pública do país.
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Muitas das infecções bacterianas - que podem acarretar em complicações graves que vão de pneumonia a doenças do trato intestinal - poderiam ser prevenidas se os trabalhadores sanitários cumprissem regras de higiene banais, explicou Frieden. "O cuidado médico mais avançado não funciona se os profissionais de saúde não prevenirem as infecções através de atitudes básicas como a lavagem frequente das mãos", afirma.Os números, publicados no New England Journal of Medicine, foram retirados de uma pesquisa feita em 183 hospitais nos Estados Unidos, realizada em 2011. Durante o ano em questão, segundo a pesquisa conduzida pelo CDC, foram registradas 721.800 infecções em 648.000 pacientes hospitalizados. Destes, cerca de 75.000 morreram de infecções hospitalares.
As infecções mais frequentes foram pneumonia e as causadas por uma intervenção cirúrgica (ambas com 22%), seguidas das infecções gastrointestinais (17%), as do trato urinário (13%) e as da corrente sanguínea (10%). Os agentes causadores destas infecções foram Clostridium difficile (12%), Staphylococcus aureus, incluindo Staphylococcus aureus resistente à meticilina ou SARM (11%), Klebsiella (10%), E. coli (9%), Enterococcus (9 %), e Pseudomonas (7%).
O estudo também mostra uma diminuição de 4% no número de infecções causadas por SARM e de 2% nas provocadas por Clostridium difficile entre 2011 e 2012. "Tais acontecimentos representam milhares de vidas poupadas e a prevenção de sofrimento nos pacientes, que também se traduz em menores custos em todo os Estados Unidos", avaliou Patrick Conway, diretor médico dos serviços Medicare e Medicaid, sistema de saúde pública do país.