Artista cria pintura divertida em capacetes para bebês que têm a 'síndrome da cabeça achatada'

A norte-americana Paula Strawn transformou equipamentos médicos em divertidos acessórios. Nos Estados Unidos, estatísticas indicam que pelo menos 13% dos bebês têm a síndrome

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Letícia Orlandi - Saúde Plena Publicação:28/03/2014 14:00Atualização:28/03/2014 14:13
Nos Estados Unidos, as estatísticas indicam que a assimetria craniana atinja 13% das crianças. Uma das opções de tratamento é o uso de capacetes feitos sob medida, durante três meses, em média (Lazardo Art and the art of baby helmet painting)
Nos Estados Unidos, as estatísticas indicam que a assimetria craniana atinja 13% das crianças. Uma das opções de tratamento é o uso de capacetes feitos sob medida, durante três meses, em média
A síndrome da cabeça achatada (Flat Head, em inglês) ou assimetria craniana, conhecida ainda como plagiocefalia posicional, é uma condição bem comum entre os bebês. Nos Estados Unidos, as estatísticas indicam que ela atinja 13% das crianças. A assimetria pode ser observada já no nascimento, principalmente de gêmeos, porque os bebês são obrigados a ficar em determinadas posições dentro do útero, ou ainda pelo uso do fórceps. Mas pode ser causada também pelos longos período em que o recém-nascido fica na mesma posição, uma vez que o crânio do bebê é composto de placas móveis.


Essa mobilidade é necessária para permitir que a criança passe pelo corpo da mãe durante o parto e também permite que o cérebro do bebê cresça. Se ele ficar deitado sempre na mesma posição, as placas não se movimentam na região que se apoia no berço, por exemplo, e a cabecinha pode ficar plana.

Embora a ciência ainda esteja investigando se a síndrome causa apenas prejuízos estéticos ou se pode afetar o desenvolvimento cerebral, da mandíbula e dos olhos, uma das alternativas de tratamento é o uso de pequenos capacetes, feitos sob medida para a criança. Geralmente usados por três meses e retirados apenas na hora do banho, os produtos costumam ter boa aceitação pelo bebê.

Para tornar o período de uso mais divertido e diminuir a estranheza diante de um bebê que usa o equipamento, uma artista norte-americana resolveu pintar os capacetes. A ideia surgiu quando uma amiga de Paula Strawn disse estar preocupada com as reações das pessoas ao sair com seu bebê em público. Depois de ver o resultado neste primeiro projeto, o pediatra da criança encorajou a artista a investir nessa atividade. Em dez anos, Paula pintou mais de 1300 capacetes e também algumas próteses para pernas. Veja mais fotos na galeria.

Paula explica que usa tinta não-tóxica e que as mães sempre trazem os capacetes de acordo com a orientação do pediatra e do fabricante. Geralmente o trabalho é feito em dois dias, no máximo três. Para saber mais, visite a página no Facebook.

A revista científica norte-americana Pediatrics trouxe algumas dicas para prevenir o achatamento da cabeça do bebê:
A ideia surgiu quando uma amiga de Paula Strawn disse estar preocupada com as reações das pessoas ao sair com seu bebê em público. Os modelos são personalizados (Lazardo Art and the art of baby helmet painting)
A ideia surgiu quando uma amiga de Paula Strawn disse estar preocupada com as reações das pessoas ao sair com seu bebê em público. Os modelos são personalizados
- De forma supervisionada, aumente o tempo que a criança fica de barriga para baixo. O bebê deve passar, pelo menos, 30 minutos por dia nessa posição. O ideal é ir aumentando aos poucos para que a criança se acostume e desenvolva os músculos do pescoço e da nuca. Enquanto o bebê estiver acordado, faça atividades com ele na posição de bruços. A criança NUNCA deve ficar nesta posição sem supervisão, pois há risco de sufocamento e morte súbita.

- Mude a direção que o bebê dorme no berço semanalmente, variando seu campo de visão e oferecendo novos estímulos para que a criança olhe em diferentes posições.

- Cuidado com a cadeirinha. O apoio para a cabeça é duro e pode facilitar o desenvolvimento da assimetria. Por isso, especialmente nos primeiros 6 meses, é importante que a criança só fique na cadeirinha enquanto estiver no carro.

- Varie a posição do bebê no colo, inclusive na hora de amamentar. Na maioria dos casos, o reposicionamento é suficiente para evitar a plagiocefalia posicional. Mas, caso aconteça o achatamento, é importante procurar orientação médica rápido. Até os 6 meses, o problema é revertido facilmente.
    • 28/03/2014
    • Capacetes divertidos
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