Mulheres são minorias entre os dependentes de crack
Estudo da Fiocruz mostra que 22% dos viciados nesse subproduto mais sujo e barato da cocaína são mulheres
Agência Estado
Publicação:04/06/2014 09:12
O estudo, encomendado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), divulgado no domingo, 01, pelo jornal O Estado de S. Paulo, fez levantamentos domiciliares e, pela primeira vez, nos locais de consumo coletivo de crack. Das 50 pessoas entrevistadas, quatro eram mulheres com filhos - uma delas, grávida.
Os pesquisadores ressaltam que estudos anteriores, só com entrevistas domiciliares, apontavam uma proporção maior de mulheres (40%). “Tal achado está em sintonia com a literatura nacional, que aponta presença masculina maior em cenas abertas e na interface com o tráfico”, observa a Fiocruz.
Em cidades pequenas do interior, a existência de “cracolândias” é menor do que nas grandes cidades, o que não significa que o uso de drogas também seja reduzido.
Saiba mais...
Considerado o mais completo estudo feito até hoje sobre o perfil epidemiológico dos dependentes de crack, a Estimativa do Número de Usuários de Crack e/ou Similares nas Capitais do País, feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que 22% dos viciados nesse subproduto mais sujo e barato da cocaína são mulheres.- Crack causa 50% mais mortes de neurônios que cocaína, diz pesquisa da USP
- Estudos mostram problemas sociais e psicológicos em dependentes do crack
- Neurologistas mineiros lançam livro sobre como fazer o atendimento de usuários de crack
- Ministério da Saúde abre consulta pública para distribuir risperidona a usuários de crack e cocaína
- Pesquisa usa substância semelhante à ayhuasca para combater dependência química
O estudo, encomendado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), divulgado no domingo, 01, pelo jornal O Estado de S. Paulo, fez levantamentos domiciliares e, pela primeira vez, nos locais de consumo coletivo de crack. Das 50 pessoas entrevistadas, quatro eram mulheres com filhos - uma delas, grávida.
Os pesquisadores ressaltam que estudos anteriores, só com entrevistas domiciliares, apontavam uma proporção maior de mulheres (40%). “Tal achado está em sintonia com a literatura nacional, que aponta presença masculina maior em cenas abertas e na interface com o tráfico”, observa a Fiocruz.
Em cidades pequenas do interior, a existência de “cracolândias” é menor do que nas grandes cidades, o que não significa que o uso de drogas também seja reduzido.