Genes ajudam a diferenciar o eczema da psoríase
Estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Munique, na Alemanha, revela que é possível diferenciar entre as duas doenças tendo como base a expressão de apenas dois genes
Isabela de Oliveira - Correio Braziliense
Publicação:10/07/2014 13:00
A edição desta quinta-feira da revista Science Translational Medicine traz novas informações sobre psoríase e eczema. Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Munique, na Alemanha, revela que é possível diferenciar entre as duas doenças tendo como base a expressão de apenas dois genes. Algumas formas das enfermidades são tão semelhantes que há uma dificuldade de diagnóstico até entre os clínicos especializados. A identificação correta do problema é importante porque as terapias para cada uma delas, além de específicas, são caras.
Os autores consideraram dois genes, o NOS2 e o CCL27, para distinguir formas gerais de psoríase e eczema. Essas estruturas foram escolhidas por mostrarem uma diversidade forte entre psoríase e eczema em todos os pacientes investigados e se oporem em termos de regulação da pele. Os resultados iniciais desse método sugerem que ele pode ser mais eficiente do que as técnicas padrão como avaliação clínica e histológica.
A partir do perfil genético de cada voluntário, os autores demonstraram que, ao contrário do eczema, a psoríase se assemelha largamente a uma reação de cicatrização da ferida, com uma superativação das respostas imunitárias na camada superior da pele. Essa é a razão do surgimento de placas escamosas sob a pele. Já o eczema é caracterizado por outros subtipos de células imunitárias que prejudicam a barreira epidérmica e a resposta imune na pele. Consequentemente, as reações cutâneas do eczema são quase sempre infestadas por bactérias, fungos ou vírus, que agravam a inflamação.
Tomados em conjunto, os resultados mostram que é possível desmembrar essas duas condições da pele a partir da análise genética de cada paciente. Os resultados, acreditam os pesquisadores, definem o cenário para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas nas diferentes assinaturas moleculares de psoríase e eczema.
Saiba mais...
No nível molecular, as duas doenças inflamatórias crônicas de pele têm características pouco conhecidas por cientistas. Em busca de respostas mais sólidas, Maria Quaranta e colegas compararam as marcas moleculares de 24 pacientes com eczema e psoríase. A análise de ambas as condições envolveu principalmente componentes genéticos do sistema imunológico e epidérmico de cada voluntário.- Estudo feito com mil pacientes mostra como eles lidam com a psoríase
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Os autores consideraram dois genes, o NOS2 e o CCL27, para distinguir formas gerais de psoríase e eczema. Essas estruturas foram escolhidas por mostrarem uma diversidade forte entre psoríase e eczema em todos os pacientes investigados e se oporem em termos de regulação da pele. Os resultados iniciais desse método sugerem que ele pode ser mais eficiente do que as técnicas padrão como avaliação clínica e histológica.
A partir do perfil genético de cada voluntário, os autores demonstraram que, ao contrário do eczema, a psoríase se assemelha largamente a uma reação de cicatrização da ferida, com uma superativação das respostas imunitárias na camada superior da pele. Essa é a razão do surgimento de placas escamosas sob a pele. Já o eczema é caracterizado por outros subtipos de células imunitárias que prejudicam a barreira epidérmica e a resposta imune na pele. Consequentemente, as reações cutâneas do eczema são quase sempre infestadas por bactérias, fungos ou vírus, que agravam a inflamação.
Tomados em conjunto, os resultados mostram que é possível desmembrar essas duas condições da pele a partir da análise genética de cada paciente. Os resultados, acreditam os pesquisadores, definem o cenário para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas nas diferentes assinaturas moleculares de psoríase e eczema.