Justiça chinesa examina polêmico método para 'curar' gays
No processo, ativistas da causa LGBT esperam conseguir uma mudança de mentalidade no país
AFP - Agence France-Presse
Publicação:31/07/2014 10:57
Na sessão de tratamento, o pessoal da clínica pediu que ele pensasse em cenas eróticas homossexuais enquanto administravam eletrochoques. Apesar de em 2001 as autoridades chinesas retirarem oficialmente a homossexualidade de sua lista de doenças mentais, os gays, lésbicas e bissexuais chineses continuam submetidos a uma forte pressão familiar e social, que os obriga a se submeter a tratamentos de cura ou casar com o sexo oposto.
Para os militantes chineses da causa homossexual, este processo representa uma etapa simbólica em sua luta. As "terapias de conversão sexual" começaram a ser aplicadas no mundo a partir do início do século XX, mas agora as autoridades sanitárias em sua maioria as consideram não científicas, ineficazes e, inclusive, perigosas.
No entanto, é uma indústria lucrativa e mantida em países como Cingapura, Reino Unido e Estados Unidos.
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Um tribunal chinês está examinando pela primeira vez os controvertidos tratamentos de 'cura' da homossexualidade, em um processo que os defensores da causa LGBT esperam conseguir uma mudança de mentalidade no país. Os juízes chineses analisam a queixa apresentada por Xiao Zhen, que afirma ter sido traumatizado pelos tratamentos sofridos em uma clínica de Chongqing para "corrigir sua orientação sexual".Na sessão de tratamento, o pessoal da clínica pediu que ele pensasse em cenas eróticas homossexuais enquanto administravam eletrochoques. Apesar de em 2001 as autoridades chinesas retirarem oficialmente a homossexualidade de sua lista de doenças mentais, os gays, lésbicas e bissexuais chineses continuam submetidos a uma forte pressão familiar e social, que os obriga a se submeter a tratamentos de cura ou casar com o sexo oposto.
Para os militantes chineses da causa homossexual, este processo representa uma etapa simbólica em sua luta. As "terapias de conversão sexual" começaram a ser aplicadas no mundo a partir do início do século XX, mas agora as autoridades sanitárias em sua maioria as consideram não científicas, ineficazes e, inclusive, perigosas.
No entanto, é uma indústria lucrativa e mantida em países como Cingapura, Reino Unido e Estados Unidos.