Apesar do nome, transplante de medula óssea não é uma cirurgia, mas uma transfusão
A chance de se encontrar um doador é uma em 100 mil
Gláucia Chaves - Revista do CB
Publicação:02/09/2014 14:00Atualização: 02/09/2014 14:20
De acordo com Liane Daudt, chefe do serviço de hematologia clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o procedimento consiste na retirada de uma parte das células-tronco hematopoieticas (que originam as células sanguíneas adultas) de um doador geneticamente compatível com o paciente para, então, serem introduzidas na corrente sanguínea do doente. Para descobrir se o doador é compatível com o receptor, a médica explica que é feito um teste de laboratório chamado histocompatibilidade (HLA), para determinar as características genéticas do doador. O HLA é arquivado em um cadastro e cruzado com o de diversos pacientes. “Uma vez confirmada a compatibilidade, são feitos novos exames para determinar o estado de saúde da pessoa que deseja doar a medula óssea”, completa Liane.
Ainda de acordo com a Ameo, cerca de 60% dos pacientes não encontram doadores compatíveis na família. Achar um doador não aparentado depende do grau de miscigenação dos cadastrados no Redome, ou seja, quanto mais cadastros, maiores as chances para os pacientes. Liane explica que, desde que o indivíduo esteja saudável, não há restrições que impeçam a doação. “Se os exames de triagem, estiverem negativos, qualquer pessoa acima de 18 anos pode ser um doador.”
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Algumas doenças, como a leucemia aguda, a leucemia mieloide crônica e a leucemia mielomonocítica crônica, afetam as células sanguíneas do paciente. Uma vez que a medula óssea não é mais capaz de produzir componentes do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas), é necessário substituir a defeituosa por uma saudável por meio do transplante. Apesar do nome, o procedimento não é uma cirurgia, mas uma transfusão. Para ser realizado, é preciso que haja 100% de compatibilidade doador-paciente. O problema é a dificuldade de encontrar duas pessoas compatíveis: de acordo com dados da Associação de Medula Óssea (Ameo), a chance de achar uma medula compatível no Registro Nacional (Redome) é de uma para 100 mil.- Faltam leitos no Brasil para realizar o transplante de medula
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De acordo com Liane Daudt, chefe do serviço de hematologia clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o procedimento consiste na retirada de uma parte das células-tronco hematopoieticas (que originam as células sanguíneas adultas) de um doador geneticamente compatível com o paciente para, então, serem introduzidas na corrente sanguínea do doente. Para descobrir se o doador é compatível com o receptor, a médica explica que é feito um teste de laboratório chamado histocompatibilidade (HLA), para determinar as características genéticas do doador. O HLA é arquivado em um cadastro e cruzado com o de diversos pacientes. “Uma vez confirmada a compatibilidade, são feitos novos exames para determinar o estado de saúde da pessoa que deseja doar a medula óssea”, completa Liane.
Ainda de acordo com a Ameo, cerca de 60% dos pacientes não encontram doadores compatíveis na família. Achar um doador não aparentado depende do grau de miscigenação dos cadastrados no Redome, ou seja, quanto mais cadastros, maiores as chances para os pacientes. Liane explica que, desde que o indivíduo esteja saudável, não há restrições que impeçam a doação. “Se os exames de triagem, estiverem negativos, qualquer pessoa acima de 18 anos pode ser um doador.”