Unicef alerta para rejeição de crianças vítimas do ebola
Pelo menos 3.700 crianças em Guiné, Libéria e Serra Leoa perderam um ou os dois pais por causa da doença
AFP - Agence France-Presse
Publicação:30/09/2014 15:43
"Pelo menos 3.700 crianças em Guiné, Libéria e Serra Leoa perderam um ou os dois pais por causa do ebola desde que a epidemia teve início na África ocidental", avaliou o Unicef em um comunicado, com base em números provisórios.
"Estas crianças precisam urgentemente de uma atenção e um apoio particulares, sobretudo porque muitas delas se sentem indesejadas, para não dizer abandonadas", explicou Manuel Fontaire, diretor regional da agência da ONU na África ocidental e central, após voltar de uma missão de duas semanas nestes três países, os mais afetados pela epidemia.
"Os órfãos geralmente são recolhidos por um parente, mas em alguns povoados, o medo do Ebola está passando por cima dos vínculos familiares", criticou.
"O ebola transforma uma reação humana fundamental, como confortar uma criança doente, em sentença de morte", alertou Manuel Fontaine.
O Unicef destacou que o número de crianças que tem no mínimo um progenitor morto pela epidemia "poderia dobrar até meados de outubro" e afirmou que só recebeu até agora 25% dos 200 milhões de dólares que considera necessários para sua missão nos países afetados.
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Muitas crianças que perderam pelo menos um dos pais por causa do ebola estão abandonados à própria sorte, rejeitadas pelo resto da família por causa do medo de contágio, advertiu nesta terça-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em um comunicado."Pelo menos 3.700 crianças em Guiné, Libéria e Serra Leoa perderam um ou os dois pais por causa do ebola desde que a epidemia teve início na África ocidental", avaliou o Unicef em um comunicado, com base em números provisórios.
"Estas crianças precisam urgentemente de uma atenção e um apoio particulares, sobretudo porque muitas delas se sentem indesejadas, para não dizer abandonadas", explicou Manuel Fontaire, diretor regional da agência da ONU na África ocidental e central, após voltar de uma missão de duas semanas nestes três países, os mais afetados pela epidemia.
"Os órfãos geralmente são recolhidos por um parente, mas em alguns povoados, o medo do Ebola está passando por cima dos vínculos familiares", criticou.
"O ebola transforma uma reação humana fundamental, como confortar uma criança doente, em sentença de morte", alertou Manuel Fontaine.
O Unicef destacou que o número de crianças que tem no mínimo um progenitor morto pela epidemia "poderia dobrar até meados de outubro" e afirmou que só recebeu até agora 25% dos 200 milhões de dólares que considera necessários para sua missão nos países afetados.