Pouco conhecida, endometriose intestinal pode causar sangramento
Partes do endométrio podem ser depositadas em outros lugares além do útero. Quando param no intestino, causam alguns transtornos
Gláucia Chaves - Revista do CB
Publicação:20/10/2014 14:00Atualização: 17/10/2014 10:13
De acordo com Patrícia Ferraz, radiologista do laboratório Exame, de 10% a 15% dos focos de endometriose ocorrem na região pélvica. Quando o endométrio se deposita em locais mais distantes, como nas alças intestinais, a doença recebe o nome de endometriose intestinal. “Pela natureza desse tecido ser do ciclo menstrual da mulher, podem acontecer sangramentos intestinais”, completa a médica.
Esse é um dos principais sintomas, mas nem sempre a complicação dá sinais. Ainda segundo Ferraz, o principal método de imagem para descobrir o que está acontecendo é a ressonância magnética. Se não descoberta — e, consequentemente, não tratada —, a paciente pode desenvolver fibrose e, em casos mais graves, oclusão intestinal. “É difícil acontecer a oclusão completa, mas a redução do calibre das alças intestinais atrapalha o movimento normal do conteúdo intestinal.”
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A endometriose intestinal não é muito conhecida, embora a endometriose “convencional” seja bastante difundida. Na verdade, trata-se do mesmo problema: o que muda é o local da inflamação. Tudo se origina no endométrio, revestimento interno do útero. Quando a mulher menstrua, partes do endométrio se soltam e são eliminadas pela vagina. Algumas dessas partes podem crescer em locais diferentes do útero, como nos ovários, nas tubas uterinas e no intestino.- Cólica forte e dificuldade para engravidar podem ser endometriose
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De acordo com Patrícia Ferraz, radiologista do laboratório Exame, de 10% a 15% dos focos de endometriose ocorrem na região pélvica. Quando o endométrio se deposita em locais mais distantes, como nas alças intestinais, a doença recebe o nome de endometriose intestinal. “Pela natureza desse tecido ser do ciclo menstrual da mulher, podem acontecer sangramentos intestinais”, completa a médica.
Esse é um dos principais sintomas, mas nem sempre a complicação dá sinais. Ainda segundo Ferraz, o principal método de imagem para descobrir o que está acontecendo é a ressonância magnética. Se não descoberta — e, consequentemente, não tratada —, a paciente pode desenvolver fibrose e, em casos mais graves, oclusão intestinal. “É difícil acontecer a oclusão completa, mas a redução do calibre das alças intestinais atrapalha o movimento normal do conteúdo intestinal.”