OMS intensifica plano contra mortalidade por contaminação do ar em ambientes fechados
Mais de 4 milhões de pessoas morrem prematuramente todos os anos de doenças atribuíveis à poluição do ar no interior de residências como resultado da utilização de combustíveis sólidos para cozinhar
AFP - Agence France-Presse
Publicação:12/11/2014 14:40
Quanto a aquecedores, a OMS recomenda que os dispositivos não emitam mais que 0,59 gramas por minuto. Para alcançar este objetivo, a OMS recomenda o fim do uso de carvão bruto nas residências e de querosene. Para Dora, é preciso desenvolver "a utilização em larga escala de combustíveis limpos, como o biogás, etanol, gás natural nas residências dos países em desenvolvimento. O preço por essas tecnologias deve estar ao alcance dos lares mais modestos", ressalta Dora.
"Se alcançarmos as novas metas de emissão, cerca de 90% dos lares em todo o mundo irão cumprir com as normas da OMS para qualidade do ar", indicou, por sua vez, Maria Neira, diretora do departamento de saúde pública da OMS.
Em março passado, a OMS publicou um relatório sobre a mortalidade no mundo devido a poluição do ar, tanto dentro como fora das residências. "Todos os anos, mais de 4 milhões de pessoas morrem prematuramente de doenças atribuíveis à poluição do ar no interior de residências como resultado da utilização de combustíveis sólidos para cozinhar", indica o relatório da OMS. "Mais de 50% das mortes por pneumonia em crianças menores de 5 anos são causadas pela inalação em ambientes fechados de partículas de poluição do ar", aponta.
"A cada ano, 3,8 milhões de mortes prematuras por doenças não transmissíveis, incluindo acidente vascular cerebral, cardiopatia isquêmica, câncer de pulmão e pneumonia obstrutiva crônica, são atribuíveis à poluição do ar em casas", informa. A Ásia, com 1,7 milhões de mortes, é a região mais afetada pela poluição do ar nas habitações.
Atualmente, cerca de metade da população mundial, ou cerca de 3.000 milhões de pessoas, não têm acesso a tecnologias limpas e combustíveis para cozinhar, para aquecer e iluminar as casas.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu pela primeira vez limites de emissão de gases e partículas para os aparelhos de cozinha, aquecimento e iluminação, como parte de um plano para reduzir a mortalidade causada pela poluição do ar em ambientes fechados. "Sabíamos que estes aparelhos eram poluentes. O que é novo é o estabelecimento de normas que não podem ser superadas", declarou Carlos Dora, coordenador da OMS para a saúde pública, em Genebra. As emissões atuais são, em média, 100 vezes mais elevadas que a meta, estima a OMS.Quanto a aquecedores, a OMS recomenda que os dispositivos não emitam mais que 0,59 gramas por minuto. Para alcançar este objetivo, a OMS recomenda o fim do uso de carvão bruto nas residências e de querosene. Para Dora, é preciso desenvolver "a utilização em larga escala de combustíveis limpos, como o biogás, etanol, gás natural nas residências dos países em desenvolvimento. O preço por essas tecnologias deve estar ao alcance dos lares mais modestos", ressalta Dora.
"Se alcançarmos as novas metas de emissão, cerca de 90% dos lares em todo o mundo irão cumprir com as normas da OMS para qualidade do ar", indicou, por sua vez, Maria Neira, diretora do departamento de saúde pública da OMS.
Em março passado, a OMS publicou um relatório sobre a mortalidade no mundo devido a poluição do ar, tanto dentro como fora das residências. "Todos os anos, mais de 4 milhões de pessoas morrem prematuramente de doenças atribuíveis à poluição do ar no interior de residências como resultado da utilização de combustíveis sólidos para cozinhar", indica o relatório da OMS. "Mais de 50% das mortes por pneumonia em crianças menores de 5 anos são causadas pela inalação em ambientes fechados de partículas de poluição do ar", aponta.
"A cada ano, 3,8 milhões de mortes prematuras por doenças não transmissíveis, incluindo acidente vascular cerebral, cardiopatia isquêmica, câncer de pulmão e pneumonia obstrutiva crônica, são atribuíveis à poluição do ar em casas", informa. A Ásia, com 1,7 milhões de mortes, é a região mais afetada pela poluição do ar nas habitações.
Atualmente, cerca de metade da população mundial, ou cerca de 3.000 milhões de pessoas, não têm acesso a tecnologias limpas e combustíveis para cozinhar, para aquecer e iluminar as casas.