Vídeo mostra reação de meninos ao serem incentivados a bater em mulheres
Projeto italiano faz alerta sobre questão da violência contra mulheres e viraliza na internet. Vídeo já ultrapassou 12 milhões de visualizações
Da redação
Publicação:08/01/2015 13:32
“No mundo das crianças, mulheres não apanham”. A frase do menino italiano Alessandro, de seis anos, deveria valer não só para o mundo das crianças, mas a realidade não é bem assim. Uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado e 133 milhões de mulheres e meninas sofreram mutilação genital, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nos três minutos de vídeo, um locutor entrevista meninos italianos, de idade entre seis e 11 anos, em uma rua movimentada. As primeiras perguntas são referentes a quem eles são e o que querem ser. Policial, pizzaiolo, jogador de futebol, bombeiro, padeiro, respondem os meninos.
Em seguida, a menina Martina é introduzida. Pouco mais velha que os meninos, ela não fala nada, só é objeto das perguntas do narrador. “O que você gosta nela?”, “faça carinho nela”, “faça uma careta para ela”, todos os pedidos são atendidos e respondidos frequentemente com risadas e bom humor, de ambos os lados. Martina recebe elogios e até um pedido de namoro.
O último pedido muda tudo. “Bata nela”, pede o narrador. A pergunta é repetida duas, três vezes. Todos os meninos ficam chocados e a resposta é unânime: não. “Você não deve bater em garotas”, diz um dos meninos. “Jesus não quer que a gente bata nos outros”, diz outro. “Porque eu sou contra a violência”, responde um garoto. “Em primeiro lugar, eu não posso bater nela, porque ela é bonita, e ela é uma menina e, como diz o ditado: garotas não devem apanhar, nem mesmo com uma flor”, afirma um dos mais velhos. “Por quê?”, contesta um dos entrevistados. “Porque sou um homem”, completa.
“No mundo das crianças, mulheres não apanham”. A frase do menino italiano Alessandro, de seis anos, deveria valer não só para o mundo das crianças, mas a realidade não é bem assim. Uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado e 133 milhões de mulheres e meninas sofreram mutilação genital, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
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Mas um experimento visual com crianças conduzido pelo jornalista italiano Luca Lavarone sugere que há esperança contra toda essa violência. O resultado do projeto é o vídeo “Slap Her” ('Bata nela', em português). Quatro dias após sua publicação no Youtube, o vídeo ultrapassou a marca de 12 milhões de visualizações e tem sido amplamente divulgado pela internet seguido de adjetivos como emocionante e comovente. E não é exagero. Se você é propenso à lágrimas, prepare um lenço de papel.- Sucesso na internet, vídeo mostra mãe tentando dormir com seu bebê
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Nos três minutos de vídeo, um locutor entrevista meninos italianos, de idade entre seis e 11 anos, em uma rua movimentada. As primeiras perguntas são referentes a quem eles são e o que querem ser. Policial, pizzaiolo, jogador de futebol, bombeiro, padeiro, respondem os meninos.
Em seguida, a menina Martina é introduzida. Pouco mais velha que os meninos, ela não fala nada, só é objeto das perguntas do narrador. “O que você gosta nela?”, “faça carinho nela”, “faça uma careta para ela”, todos os pedidos são atendidos e respondidos frequentemente com risadas e bom humor, de ambos os lados. Martina recebe elogios e até um pedido de namoro.
O último pedido muda tudo. “Bata nela”, pede o narrador. A pergunta é repetida duas, três vezes. Todos os meninos ficam chocados e a resposta é unânime: não. “Você não deve bater em garotas”, diz um dos meninos. “Jesus não quer que a gente bata nos outros”, diz outro. “Porque eu sou contra a violência”, responde um garoto. “Em primeiro lugar, eu não posso bater nela, porque ela é bonita, e ela é uma menina e, como diz o ditado: garotas não devem apanhar, nem mesmo com uma flor”, afirma um dos mais velhos. “Por quê?”, contesta um dos entrevistados. “Porque sou um homem”, completa.
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