Quem usa, recomenda: econômico, seguro e ecológico, coletor menstrual ganha adeptas no Brasil
Em formato de cálice, o coletor é feito de silicone totalmente maleável e tem duração de 10 anos
Valéria Mendes - Saúde Plena
Publicação:30/01/2015 10:00Atualização: 30/01/2015 15:58
O objeto nada mais é que um copo de silicone totalmente maleável que é inserido dobrado e se abre dentro na vagina. À primeira vista, pode parecer grande, mas quem usa garante que é confortável e que se adapta bem ao corpo. “O absorvente interno é colocado bem acima de onde o coletor menstrual fica. Ele precisa ser empurrado muito mais para o alto e ainda temos que aguentar a cordinha pendurada. Já o coletor, fica logo ali na entrada da vagina, é super fácil de colocar, pois existem dobras que ajudam a inseri-lo. Como é feito de silicone medicinal, é mole, então tudo fica mais simples e fácil”, afirma a professora de língua portuguesa, Bianca Ferreira, 21 anos.
Uma dica para as iniciantes é passar o dedo em volta do copo de silicone para garantir que ele esteja em contato com toda a parede da vagina. “Assim não acontecerá vazamentos e ficará confortável. Na prática, tudo fica mais fácil depois que a gente pega o jeito. Normalmente, demora de dois a três ciclos para se adaptar bem com o coletor”, diz a professora que uso o copo há um ano. Bianca aponta ainda como vantagem o fim das assaduras e das alergias. “Você pode ir para a praia, piscina, fazer esporte, atividade física sem se preocupar”, garante.
A produtora audiovisual, Amanda Tristão Parra, de 29 anos, usa o coletor menstrual desde 2013. Ela reforça que, nos primeiros meses, o traquejo de dobrar e colocar é mais delicado. “No início, eu colocava muito no fundo e é o contrário, mas depois que a gente pega o jeito, faz até no escuro”, diz. O interesse pelo produto surgiu quando uma amiga estrangeira, “de estilo de vida bem saudável”, contou que usava. “Achei interessante ecologicamente, tinha aflição de pensar no impacto dos absorventes descartáveis para o meio ambiente”, conta.
Para as mulheres que já fazem uso do absorvente interno, Amanda acredita que a adaptação ao copo de silicone é mais fácil. “Eu sempre preferi o externo, achava o interno incômodo de colocar, não gostava da sensação e não me sentia segura porque vazava muito. Colocar o coletor é mais simples”, diz.
No Brasil, o preço do coletor menstrual varia entre R$ 80 e R$ 150 e a maneira mais simples de comprá-lo é pela internet. As marcas geralmente oferecem dois modelos e a indicação leva em conta a idade da mulher, se ela já teve filhos ou não e o tipo de parto – normal ou cesariana.
Antes do coletor menstrual, Bianca era adepta do absorvente externo. Para ela, o absorvente faz com que o fluxo menstrual pareça mais intenso. “É ótimo saber quanto estamos eliminando. É tudo um grande aprendizado. Com o uso do coletor, descobrimos que nosso sangue não tem cheiro nenhum, o sangue que fica no absorvente só tem aquele odor característico porque já entrou em contato com o oxigênio”, diz.
A professora passa 12 horas com o copo e, se precisa trocar na rua, usa uma garrafinha com água para limpá-lo e colocá-lo novamente “depois de lavar muito bem as mãos”. Outra dica de Bianca é sobre a haste do coletor: “cortei a minha porque sentia uma pontinha me cutucando e aperto a base para ele sair”, detalha.
Tabu para as brasileiras
O coletor menstrual é desconhecido de grande parte das brasileiras e até de especialistas. Amanda Tristão Parra conta, por exemplo, que em uma consulta com uma ginecologista mencionou que fazia uso do coletor menstrual e a médica nem sabia do que se tratava. Bianca Ferreira tem a mesma impressão: “a maioria nunca nem ouviu falar”.
Até a adesão ao absorvente interno no Brasil é pequena em comparação com Europa e Estados Unidos, por exemplo. Por aqui, a preferência ainda é o externo. Uma das razões conhecidas é o fato de a mulher brasileira não gostar de tocar sua genitália mesmo quando o motivo é médico como aplicar um remédio contra a candidíase. “Além das questões culturais, outros fatores também influenciam neste quesito. A educação tradicional de um grande extrato da população brasileira corrobora para a falta de autoconhecimento da mulher brasileira no que se refere a sua genitália e, em muitas situações, o nível socioeconômico também limita o acesso a diversos produtos de higiene íntima”, afirma a médica ginecologista do Ambulatório de Infecções Genitais do CAISM/Unicamp, Joziani Beghini
Para Bianca Ferreira, é importante falar sobre esse toque. “Aprendemos desde cedo o errado, que só os homens podem ter prazer, que nossa vagina é só um caminho para procriar e nada além disso. Só que precisamos conhecer nosso corpo, nos tocar, saber como funcionamos”, defende.
Segurança
Joziani Beghini afirma que o coletor menstrual é uma opção segura desde que as instruções do manual de utilização e higienização do produto sejam seguidas corretamente. Ela explica, por exemplo, que o copo não deve ser utilizado para coletar o sangramento que permanece por alguns dias após o parto e é chamado tecnicamente de loquiação. “Ele deve ser utilizado apenas para coletar o sangue menstrual e não para conter corrimentos ou outras secreções vaginais”, ressalta. A especialista lembra ainda que mulheres com qualquer sintoma de infecção vaginal devem procurar um ginecologista para tratá-la antes de começar a usar o copo.
Higienização
O coletor menstrual deve ser esvaziado conforme a necessidade de cada mulher, mas Beghini defende que não se deveria permanecer com ele na vagina por um prazo superior a 8 horas, já que aumenta o risco de maior proliferação bacteriana local. “Sempre que esvaziá-lo, lave-o com água e sabão neutro, outros produtos podem danificar o silicone. Enxágue bem para retirar resíduos químicos do sabão que podem causar irritação vaginal”, explica.
Ao final de cada ciclo, a especialista recomenda fervê-lo por cinco minutos em um recipiente específico: “Seque bem e armazene-o na embalagem própria do produto. Fique atenta para informações específicas do manual do fabricante e é interessante higienizá-lo novamente antes de iniciar seu uso no ciclo seguinte”.
Candidíase
A relação entre o uso do coletor menstrual e a diminuição da reincidência de candidíase ainda não está comprovada na literatura científica. “O que se sabe é que a maior umidade da vulva durante a menstruação é um fator de risco para candidíase recorrente pois facilita a proliferação do fungo e surgimento dos sintomas”, salienta Joziani.
A especialista diz que já foi evidenciado que o uso dos absorventes externos e o menor número de trocas estão associados ao aumento das recorrências da doença na população geral. Segundo ela, faz sentido pensar que a utilização de absorventes internos ou coletores menstruais evitaria o excesso de umidade vulvar em decorrência da menstruação e do abafamento causado pelos absorventes externos, o que diminuiria as crises. “Segundo relatos de fabricantes, diversas mulheres relataram a diminuição nas crises de candidíase ao usar o coletor menstrual. Por outro lado, sabe-se também que o próprio sangramento menstrual coletado pode promover alterações na microflora vaginal aumentando a predisposição a infecções bacterianas e fúngicas neste período”, pontua.
Para ela, como as evidências científicas são escassas e ainda não são claras, existe a necessidade de estudos mais detalhados e com um melhor nível de evidência para analisar adequadamente a correlação entre o uso do coletor e a diminuição dos episódios da doença.
Alergias
Em relação às alergias, o coletor menstrual tem o benefício de ser feito de silicone, um material inerte e pouco alergênico. Já os absorventes externos têm a desvantagem de irritarem a pele devido ao aumento da umidade local. Em relação aos absorventes internos, a médica diz que a qualidade dos produtos têm mudado no decorrer dos anos na tentativa de diminuir as manifestações alérgicas.
Infecções
Joziani cita um estudo de 1962 que analisou cultura de bactérias obtidas a partir de coletores, absorventes internos e externos previamente utilizados por mulheres no período menstrual. “A contagem de bactérias encontrada nos coletores foi menor do que nos absorventes e o resultado pode sugerir um risco menor de infecção no caso dos coletores”, afirma.
No entanto, segundo ela, o simples fato de haver um número maior de bactérias nos absorventes não implica necessariamente uma infecção vaginal. “É claro que a mudança na flora vaginal normal pode predispor o desenvolvimento de infecções, porém, para que exista uma infecção propriamente dita é necessário que o sistema de defesa do indivíduo falhe e permita a proliferação exagerada do agente o que, em geral, causa os sintomas genitais”.
Cólicas
O uso do coletor menstrual não diminuiu as cólicas. A ginecologista afirma que cólicas menstruais acontecem pela contração do útero para eliminar o sangue menstrual e também pela passagem de grandes coágulos de sangue através do colo do útero. “A mulher também pode apresentar cólicas menstruais em decorrência de determinadas doenças como endometriose, adenomiose, miomatose”, salienta.
Joziani reforça: “Quando utilizado, o coletor menstrual fica localizado na vagina para coletar o sangue que já saiu de dentro do útero. Portanto, não modifica a dor da cólica”.
Sobre o hímen
A médica diz que o coletor menstrual pode romper o hímen, no caso de mulheres virgens. “Essa ruptura acontece com maior ou menor facilidade a depender das características anatômicas desta membrana (formato e elasticidade) e do autoconhecimento da mulher ao manipular o coletor através do hímen”, esclarece.
Para ela, se o conceito de ‘virgindade’ da mulher envolver a manutenção da membrana himenal intacta, o uso de coletores menstruais não estaria indicado. “Mas isso não é uma regra, entendemos que o conceito de ‘virgindade’ é diferente para cada mulher. Para as mulheres virgens que manifestarem desejo de usar o coletor, elas podem buscar orientações com um especialista”, sugere.
O preço do coletor menstrual varia entre R$ 80 e R$150 de acordo com a marca
Saiba mais...
Imagine que durante dez anos você não precise comprar absorventes. Some-se a isso, a contribuição para o meio ambiente: durante a vida fértil, uma mulher usa entre 10 e 15 mil absorventes. Como não são biodegradáveis, demoram em média cem anos para se decompor na natureza. Acrescente ainda um risco menor de alergias e a praticidade de passar 12 horas sem lembrar que existe menstruação. Apesar de não ser uma novidade, só agora o coletor menstrual tem ganhado mais adesão entre as brasileiras. - Absorvente íntimo que permite relação sexual chega ao Brasil em setembro
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O objeto nada mais é que um copo de silicone totalmente maleável que é inserido dobrado e se abre dentro na vagina. À primeira vista, pode parecer grande, mas quem usa garante que é confortável e que se adapta bem ao corpo. “O absorvente interno é colocado bem acima de onde o coletor menstrual fica. Ele precisa ser empurrado muito mais para o alto e ainda temos que aguentar a cordinha pendurada. Já o coletor, fica logo ali na entrada da vagina, é super fácil de colocar, pois existem dobras que ajudam a inseri-lo. Como é feito de silicone medicinal, é mole, então tudo fica mais simples e fácil”, afirma a professora de língua portuguesa, Bianca Ferreira, 21 anos.
Uma dica para as iniciantes é passar o dedo em volta do copo de silicone para garantir que ele esteja em contato com toda a parede da vagina. “Assim não acontecerá vazamentos e ficará confortável. Na prática, tudo fica mais fácil depois que a gente pega o jeito. Normalmente, demora de dois a três ciclos para se adaptar bem com o coletor”, diz a professora que uso o copo há um ano. Bianca aponta ainda como vantagem o fim das assaduras e das alergias. “Você pode ir para a praia, piscina, fazer esporte, atividade física sem se preocupar”, garante.
Feito de silicone maleável, é só dobrar o coletor para inseri-lo na vagina
A produtora audiovisual, Amanda Tristão Parra, de 29 anos, usa o coletor menstrual desde 2013. Ela reforça que, nos primeiros meses, o traquejo de dobrar e colocar é mais delicado. “No início, eu colocava muito no fundo e é o contrário, mas depois que a gente pega o jeito, faz até no escuro”, diz. O interesse pelo produto surgiu quando uma amiga estrangeira, “de estilo de vida bem saudável”, contou que usava. “Achei interessante ecologicamente, tinha aflição de pensar no impacto dos absorventes descartáveis para o meio ambiente”, conta.
Para as mulheres que já fazem uso do absorvente interno, Amanda acredita que a adaptação ao copo de silicone é mais fácil. “Eu sempre preferi o externo, achava o interno incômodo de colocar, não gostava da sensação e não me sentia segura porque vazava muito. Colocar o coletor é mais simples”, diz.
No Brasil, o preço do coletor menstrual varia entre R$ 80 e R$ 150 e a maneira mais simples de comprá-lo é pela internet. As marcas geralmente oferecem dois modelos e a indicação leva em conta a idade da mulher, se ela já teve filhos ou não e o tipo de parto – normal ou cesariana.
A professora de língua portuguesa, Bianca Ferreira, 21 anos, faz uso do coletor há um ano
A professora passa 12 horas com o copo e, se precisa trocar na rua, usa uma garrafinha com água para limpá-lo e colocá-lo novamente “depois de lavar muito bem as mãos”. Outra dica de Bianca é sobre a haste do coletor: “cortei a minha porque sentia uma pontinha me cutucando e aperto a base para ele sair”, detalha.
Tabu para as brasileiras
O coletor menstrual é desconhecido de grande parte das brasileiras e até de especialistas. Amanda Tristão Parra conta, por exemplo, que em uma consulta com uma ginecologista mencionou que fazia uso do coletor menstrual e a médica nem sabia do que se tratava. Bianca Ferreira tem a mesma impressão: “a maioria nunca nem ouviu falar”.
Até a adesão ao absorvente interno no Brasil é pequena em comparação com Europa e Estados Unidos, por exemplo. Por aqui, a preferência ainda é o externo. Uma das razões conhecidas é o fato de a mulher brasileira não gostar de tocar sua genitália mesmo quando o motivo é médico como aplicar um remédio contra a candidíase. “Além das questões culturais, outros fatores também influenciam neste quesito. A educação tradicional de um grande extrato da população brasileira corrobora para a falta de autoconhecimento da mulher brasileira no que se refere a sua genitália e, em muitas situações, o nível socioeconômico também limita o acesso a diversos produtos de higiene íntima”, afirma a médica ginecologista do Ambulatório de Infecções Genitais do CAISM/Unicamp, Joziani Beghini
Para Bianca Ferreira, é importante falar sobre esse toque. “Aprendemos desde cedo o errado, que só os homens podem ter prazer, que nossa vagina é só um caminho para procriar e nada além disso. Só que precisamos conhecer nosso corpo, nos tocar, saber como funcionamos”, defende.
Segurança
Joziani Beghini afirma que o coletor menstrual é uma opção segura desde que as instruções do manual de utilização e higienização do produto sejam seguidas corretamente. Ela explica, por exemplo, que o copo não deve ser utilizado para coletar o sangramento que permanece por alguns dias após o parto e é chamado tecnicamente de loquiação. “Ele deve ser utilizado apenas para coletar o sangue menstrual e não para conter corrimentos ou outras secreções vaginais”, ressalta. A especialista lembra ainda que mulheres com qualquer sintoma de infecção vaginal devem procurar um ginecologista para tratá-la antes de começar a usar o copo.
Higienização
O coletor menstrual deve ser esvaziado conforme a necessidade de cada mulher, mas Beghini defende que não se deveria permanecer com ele na vagina por um prazo superior a 8 horas, já que aumenta o risco de maior proliferação bacteriana local. “Sempre que esvaziá-lo, lave-o com água e sabão neutro, outros produtos podem danificar o silicone. Enxágue bem para retirar resíduos químicos do sabão que podem causar irritação vaginal”, explica.
Ao final de cada ciclo, a especialista recomenda fervê-lo por cinco minutos em um recipiente específico: “Seque bem e armazene-o na embalagem própria do produto. Fique atenta para informações específicas do manual do fabricante e é interessante higienizá-lo novamente antes de iniciar seu uso no ciclo seguinte”.
Candidíase
A relação entre o uso do coletor menstrual e a diminuição da reincidência de candidíase ainda não está comprovada na literatura científica. “O que se sabe é que a maior umidade da vulva durante a menstruação é um fator de risco para candidíase recorrente pois facilita a proliferação do fungo e surgimento dos sintomas”, salienta Joziani.
A especialista diz que já foi evidenciado que o uso dos absorventes externos e o menor número de trocas estão associados ao aumento das recorrências da doença na população geral. Segundo ela, faz sentido pensar que a utilização de absorventes internos ou coletores menstruais evitaria o excesso de umidade vulvar em decorrência da menstruação e do abafamento causado pelos absorventes externos, o que diminuiria as crises. “Segundo relatos de fabricantes, diversas mulheres relataram a diminuição nas crises de candidíase ao usar o coletor menstrual. Por outro lado, sabe-se também que o próprio sangramento menstrual coletado pode promover alterações na microflora vaginal aumentando a predisposição a infecções bacterianas e fúngicas neste período”, pontua.
Alergias
Em relação às alergias, o coletor menstrual tem o benefício de ser feito de silicone, um material inerte e pouco alergênico. Já os absorventes externos têm a desvantagem de irritarem a pele devido ao aumento da umidade local. Em relação aos absorventes internos, a médica diz que a qualidade dos produtos têm mudado no decorrer dos anos na tentativa de diminuir as manifestações alérgicas.
Infecções
Joziani cita um estudo de 1962 que analisou cultura de bactérias obtidas a partir de coletores, absorventes internos e externos previamente utilizados por mulheres no período menstrual. “A contagem de bactérias encontrada nos coletores foi menor do que nos absorventes e o resultado pode sugerir um risco menor de infecção no caso dos coletores”, afirma.
No entanto, segundo ela, o simples fato de haver um número maior de bactérias nos absorventes não implica necessariamente uma infecção vaginal. “É claro que a mudança na flora vaginal normal pode predispor o desenvolvimento de infecções, porém, para que exista uma infecção propriamente dita é necessário que o sistema de defesa do indivíduo falhe e permita a proliferação exagerada do agente o que, em geral, causa os sintomas genitais”.
Cólicas
O uso do coletor menstrual não diminuiu as cólicas. A ginecologista afirma que cólicas menstruais acontecem pela contração do útero para eliminar o sangue menstrual e também pela passagem de grandes coágulos de sangue através do colo do útero. “A mulher também pode apresentar cólicas menstruais em decorrência de determinadas doenças como endometriose, adenomiose, miomatose”, salienta.
Joziani reforça: “Quando utilizado, o coletor menstrual fica localizado na vagina para coletar o sangue que já saiu de dentro do útero. Portanto, não modifica a dor da cólica”.
Sobre o hímen
A médica diz que o coletor menstrual pode romper o hímen, no caso de mulheres virgens. “Essa ruptura acontece com maior ou menor facilidade a depender das características anatômicas desta membrana (formato e elasticidade) e do autoconhecimento da mulher ao manipular o coletor através do hímen”, esclarece.
Para ela, se o conceito de ‘virgindade’ da mulher envolver a manutenção da membrana himenal intacta, o uso de coletores menstruais não estaria indicado. “Mas isso não é uma regra, entendemos que o conceito de ‘virgindade’ é diferente para cada mulher. Para as mulheres virgens que manifestarem desejo de usar o coletor, elas podem buscar orientações com um especialista”, sugere.