Arrancar cabelo de área específica pode induzir regeneração de fios
Estudo traz esperanças de novos tratamentos para a calvície e a alopecia
Agência Estado
Publicação:10/04/2015 10:12Atualização: 10/04/2015 10:20
Para os autores, o estudo traz esperanças de novos tratamentos para a calvície e a alopecia - condição que causa a perda de cabelos em áreas delimitadas. "É um bom exemplo de como a pesquisa básica pode levar a um trabalho com potencial aplicação médica. O trabalho leva a potenciais novos alvos para o tratamento", disse o pesquisador que coordenou o estudo, Cheng-Ming Chuong.
Quórum
Os cientistas explicam o funcionamento biológico do processo com base no princípio conhecido como "percepção de quórum", que define como um sistema responde a um estímulo que afeta apenas uma parte de seus membros. No caso do estudo, a "percepção de quórum" explica como o sistema dos folículos responde à remoção de apenas uma parte dos cabelos.
Por meio de análises moleculares, a equipe mostrou que os folículos arrancados sinalizam tensão, liberando proteínas inflamatórias. Essas proteínas "recrutam" células do sistema imunológico que se precipitam para o local do dano.
Tais células, então, secretam moléculas sinalizadoras - como o fator de necrose tumoral alfa -, que, em certa concentração, comunicam, tanto para os folículos arrancados como para os que não foram arrancados, que é hora de produzir mais cabelo.
Princípio de "percepção de quórum" explica como o sistema dos folículos responde à remoção de apenas uma parte dos cabelos
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Embora pareça contrassenso, arrancar um certo número de fios de cabelo, em um padrão específico de densidade, pode induzir o crescimento de uma quantidade bem maior de fios. A conclusão é de um novo estudo coordenado por cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (Estados Unidos) e publicado ontem na revista Cell. Os pesquisadores demonstraram, em camundongos, que arrancar 200 fios em áreas circulares de 3 a 5 milímetros estimula a regeneração de 450 a 1.300 fios, mesmo fora da área da remoção. No entanto, quando os pelos eram arrancados em um padrão de baixa densidade, em áreas com mais de 6 milímetros de diâmetro, nenhum se regenerava.Para os autores, o estudo traz esperanças de novos tratamentos para a calvície e a alopecia - condição que causa a perda de cabelos em áreas delimitadas. "É um bom exemplo de como a pesquisa básica pode levar a um trabalho com potencial aplicação médica. O trabalho leva a potenciais novos alvos para o tratamento", disse o pesquisador que coordenou o estudo, Cheng-Ming Chuong.
Quórum
Os cientistas explicam o funcionamento biológico do processo com base no princípio conhecido como "percepção de quórum", que define como um sistema responde a um estímulo que afeta apenas uma parte de seus membros. No caso do estudo, a "percepção de quórum" explica como o sistema dos folículos responde à remoção de apenas uma parte dos cabelos.
Por meio de análises moleculares, a equipe mostrou que os folículos arrancados sinalizam tensão, liberando proteínas inflamatórias. Essas proteínas "recrutam" células do sistema imunológico que se precipitam para o local do dano.
Tais células, então, secretam moléculas sinalizadoras - como o fator de necrose tumoral alfa -, que, em certa concentração, comunicam, tanto para os folículos arrancados como para os que não foram arrancados, que é hora de produzir mais cabelo.