Rede mundial de supermercados pede que fornecedores limitem uso de antibióticos em animais
Uso de antibióticos, que também permite a engorda mais rápida dos animais, diminui o efeito dos medicamentos sobre os consumidores que precisam das drogas para tratar alguma doença
AFP - Agence France-Presse
Publicação:23/05/2015 10:27Atualização: 23/05/2015 10:32
A criação intensiva de aves e o aumento do número de doenças levaram os agricultores a usar cada vez mais antibióticos para evitar perdas de cabeças de gado em decorrência da poluição. O uso intensivo em aves criou germes resistentes a antibióticos.
ONGs e organizações sanitaristas estimam que o uso de antibióticos, que também permite a engorda mais rápida dos animais, diminui o efeito dos medicamentos sobre os consumidores que precisam tomar antibiótico para tratar alguma doença. "Ouvimos nossos clientes e pedimos aos nossos fornecedores o compromisso de melhorar as normas (...) e as medidas de transparência no processamento e criação de animais", explicou o Wal-Mart.
Entre as medidas solicitadas estão dar mais espaço para as galinhas chocadeiras criadas em gaiolas, entregar ao Wal-Mart relatórios anuais sobre o uso de antibióticos e os esforços para melhorar o bem-estar dos animais, ou comunicar às autoridades qualquer tipo de maus tratos com os animais.
A ONG Humane Society comemorou este "primeiro passo" para melhorar as condições de criação de animais e disse esperar outras iniciativas semelhantes na esteira do Wal-Mart.
A Wal-Mart "tem uma parcela de 25% do mercado de alimentos (nos Estados Unidos), não poderíamos esperar uma empresa melhor para implementar essa mudança na produção de alimentos", afirmou. Esta não é a primeira empresa dos Estados Unidos a exercer a defesa dos animais; quase uma dúzia de empresas de alimentos já adotaram medidas semelhantes nos últimos meses.
Entre elas, a rede de fast-food McDonald's e a Tyson Foods (maior distribuidor de aves do país) decidiram não vender mais frangos criados com antibióticos.
Entre as medidas solicitadas estão dar mais espaço para as galinhas chocadeiras criadas em gaiolas
Saiba mais...
A rede mundial de supermercados Wal-Mart pediu nesta sexta-feira (22/5) que seus fornecedores norte-americanos melhorem as condições de criação de animais e reduzam o uso de antibióticos. Os agricultores e outros produtores de carne (bovinos, suínos, perus, galinhas) nos Estados Unidos deve especialmente limitar o uso de antibióticos para tratar doenças, segundo a Wal-Mart.- Pesquisadores conseguem eliminar risco de antibióticos provocarem surdez
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A criação intensiva de aves e o aumento do número de doenças levaram os agricultores a usar cada vez mais antibióticos para evitar perdas de cabeças de gado em decorrência da poluição. O uso intensivo em aves criou germes resistentes a antibióticos.
ONGs e organizações sanitaristas estimam que o uso de antibióticos, que também permite a engorda mais rápida dos animais, diminui o efeito dos medicamentos sobre os consumidores que precisam tomar antibiótico para tratar alguma doença. "Ouvimos nossos clientes e pedimos aos nossos fornecedores o compromisso de melhorar as normas (...) e as medidas de transparência no processamento e criação de animais", explicou o Wal-Mart.
Entre as medidas solicitadas estão dar mais espaço para as galinhas chocadeiras criadas em gaiolas, entregar ao Wal-Mart relatórios anuais sobre o uso de antibióticos e os esforços para melhorar o bem-estar dos animais, ou comunicar às autoridades qualquer tipo de maus tratos com os animais.
A ONG Humane Society comemorou este "primeiro passo" para melhorar as condições de criação de animais e disse esperar outras iniciativas semelhantes na esteira do Wal-Mart.
A Wal-Mart "tem uma parcela de 25% do mercado de alimentos (nos Estados Unidos), não poderíamos esperar uma empresa melhor para implementar essa mudança na produção de alimentos", afirmou. Esta não é a primeira empresa dos Estados Unidos a exercer a defesa dos animais; quase uma dúzia de empresas de alimentos já adotaram medidas semelhantes nos últimos meses.
Entre elas, a rede de fast-food McDonald's e a Tyson Foods (maior distribuidor de aves do país) decidiram não vender mais frangos criados com antibióticos.