Calvície por um fio: conheça a técnica que enxerta áreas afetadas com fios do próprio paciente
A Follicular Unit Extraction (FUE) é alento para quem se sente incomodado com a redução total ou parcial dos pelos
Augusto Pio - Estado de Minas
Publicação:11/06/2015 09:00
A calvície ou alopécia é a redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele. É um problema comum a homens e mulheres, mas que incomoda muita gente. Para se ter uma ideia, no sexo feminino, a queda de cabelo se apresenta entre a terceira e a quarta décadas de vida, com progressiva piora depois da menopausa, e é caracterizada por afinamento difuso dos cabelos. Em 80% das mulheres, a queda de cabelos aparece depois de efeitos negativos na vida, 75% apresentam baixa autoestima e 50%, problemas sociais. A calvície é mais comum em homens. Mais de 50% deles apresentam algum grau de calvície depois dos 50 anos.
Mas os recursos para ter os cabelos de volta estão cada vez mais disponíveis e modernos. E pode-se dizer que só fica careca hoje quem não se preocupa com isso. Uma das técnicas que vem sendo muito empregada é a Follicular Unit Extraction (FUE), extração de unidades foliculares, uma a uma, da região doadora, na parte posterior do couro cabeludo do próprio paciente, para enxerto fio a fio, nas áreas afetadas. A médica Cristiane Câmara Alves, da Clínica Pampulha Perfect Line, explica que o implante também pode ser feito nas sobrancelhas, cílios e barba.
A médica e sua equipe desenvolveu uma técnica para minimizar o efeito estético do pós-operatório imediato, viabilizando o retorno à atividade social e ao trabalho a partir do terceiro dia pós-cirúrgico. Ela garante que o procedimento é minimamente invasivo, o que permite ao paciente um pós-operatório bem mais tranquilo, quase indolor. “Em menos de sete dias percebe-se a cicatrização total da área transplantada. Não há necessidade de sedação, mas, como o tempo cirúrgico é longo, muitas vezes o paciente toma um tranquilizante para relaxar durante as primeiras horas da cirurgia.”
A ausência de cicatriz linear e a possibilidade de o paciente se submeter mais vezes ao tratamento sem que haja prejuízo à saúde da área doadora, que tem preservada sua elasticidade, são outros aspectos positivos lembrados por ela. A verdade é que esse tipo de transplante capilar vem se revelando um sucesso no tratamento de várias formas de alopécia, em homens e mulheres.
AVALIAÇÃO
Para um resultado satisfatório, Cristiane reforça que o transplante capilar deve ser feito por um profissional habilitado, em ambiente cirúrgico e com todo o aparato de recursos disponíveis ao paciente para o caso de intercorrência. A médica dispõe de dois blocos cirúrgicos montados, uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de transferência, ambulância de transporte e um corpo clínico formado por cinco especialistas, entre eles, cirurgiões plástico e geral. “O paciente deve ser avaliado como um todo para ser analisada a qualidade do cabelo e as áreas doadora e receptora. Mas, geralmente, são realizados de um a dois transplantes para que essa área seja restabelecida. Depois do transplante, os cabelos começam a crescer – a partir de dois a três meses – e o resultado final ocorre de nove meses a um ano.”
Cristiane alerta para complicações que possam ocorrer. “Como em todo procedimento médico invasivo, o transplante oferece riscos, podendo ocorrer infecções, alergias e cicatrizes profundas.” Ela explica que as complicações reforçam a importância do risco cirúrgico, que é uma avaliação do estado clínico do paciente, indicado previamente a procedimentos cirúrgicos ou determinados procedimentos médicos. O exame pode detectar doenças, determinando, inclusive, a indicação do transplante.
Homens, mulheres e até crianças, sendo essas, em especial, com história de alopecia cicatricial pós-traumática, podem se submeter ao transplante capilar, desde que não tenham problemas de saúde. O transplante não é recomendado para pacientes com câncer, que tenham distúrbios de coagulação sanguínea, como os hemofílicos, portadores de alopécia universal, entre outros. Cristiane diz que a procura do público masculino é maior quando se trata de calvície.
O gerente de TI Leonardo Fernandes fez o implante há nove meses e está satisfeito. “Acho que herdei de meu pai e meu avô, que têm uma pequena queda. Ocorre que, há anos, vinha tentando um tratamento e não conseguia efeito, pois o cabelo continuava caindo. Aí, resolvi partir para o implante. Estou muito feliz, pois o resultado superou minhas expectativas. Para ajudar no tratamento, uso xampu adequado e tomo um remédio indicado.”
ANTES E DEPOIS
Implante realizado há quase um ano e os cabelos continuam crescendo
Médica Cristiana Alves diz que até sete dias percebe-se a cicatrização da área transplantada
Saiba mais...
Na realidade, a idade mais perigosa para a calvície começa a se instalar definitivamente aos 17 anos. Assim, essas pessoas, por razões genéticas e hormonais, aos 22, 23 anos já estão carecas. E aquelas que vão perdendo os cabelos mais devagar, a partir dos 25, 26 anos, podem contar com melhores resultados no tratamento, uma vez que, nelas, a participação da hereditariedade é menor.- Retirada de cabelos pode ser a chave para a cura da calvície, diz pesquisa
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Mas os recursos para ter os cabelos de volta estão cada vez mais disponíveis e modernos. E pode-se dizer que só fica careca hoje quem não se preocupa com isso. Uma das técnicas que vem sendo muito empregada é a Follicular Unit Extraction (FUE), extração de unidades foliculares, uma a uma, da região doadora, na parte posterior do couro cabeludo do próprio paciente, para enxerto fio a fio, nas áreas afetadas. A médica Cristiane Câmara Alves, da Clínica Pampulha Perfect Line, explica que o implante também pode ser feito nas sobrancelhas, cílios e barba.
A médica e sua equipe desenvolveu uma técnica para minimizar o efeito estético do pós-operatório imediato, viabilizando o retorno à atividade social e ao trabalho a partir do terceiro dia pós-cirúrgico. Ela garante que o procedimento é minimamente invasivo, o que permite ao paciente um pós-operatório bem mais tranquilo, quase indolor. “Em menos de sete dias percebe-se a cicatrização total da área transplantada. Não há necessidade de sedação, mas, como o tempo cirúrgico é longo, muitas vezes o paciente toma um tranquilizante para relaxar durante as primeiras horas da cirurgia.”
A ausência de cicatriz linear e a possibilidade de o paciente se submeter mais vezes ao tratamento sem que haja prejuízo à saúde da área doadora, que tem preservada sua elasticidade, são outros aspectos positivos lembrados por ela. A verdade é que esse tipo de transplante capilar vem se revelando um sucesso no tratamento de várias formas de alopécia, em homens e mulheres.
AVALIAÇÃO
Para um resultado satisfatório, Cristiane reforça que o transplante capilar deve ser feito por um profissional habilitado, em ambiente cirúrgico e com todo o aparato de recursos disponíveis ao paciente para o caso de intercorrência. A médica dispõe de dois blocos cirúrgicos montados, uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de transferência, ambulância de transporte e um corpo clínico formado por cinco especialistas, entre eles, cirurgiões plástico e geral. “O paciente deve ser avaliado como um todo para ser analisada a qualidade do cabelo e as áreas doadora e receptora. Mas, geralmente, são realizados de um a dois transplantes para que essa área seja restabelecida. Depois do transplante, os cabelos começam a crescer – a partir de dois a três meses – e o resultado final ocorre de nove meses a um ano.”
Cristiane alerta para complicações que possam ocorrer. “Como em todo procedimento médico invasivo, o transplante oferece riscos, podendo ocorrer infecções, alergias e cicatrizes profundas.” Ela explica que as complicações reforçam a importância do risco cirúrgico, que é uma avaliação do estado clínico do paciente, indicado previamente a procedimentos cirúrgicos ou determinados procedimentos médicos. O exame pode detectar doenças, determinando, inclusive, a indicação do transplante.
Homens, mulheres e até crianças, sendo essas, em especial, com história de alopecia cicatricial pós-traumática, podem se submeter ao transplante capilar, desde que não tenham problemas de saúde. O transplante não é recomendado para pacientes com câncer, que tenham distúrbios de coagulação sanguínea, como os hemofílicos, portadores de alopécia universal, entre outros. Cristiane diz que a procura do público masculino é maior quando se trata de calvície.
O gerente de TI Leonardo Fernandes fez o implante há nove meses e está satisfeito. “Acho que herdei de meu pai e meu avô, que têm uma pequena queda. Ocorre que, há anos, vinha tentando um tratamento e não conseguia efeito, pois o cabelo continuava caindo. Aí, resolvi partir para o implante. Estou muito feliz, pois o resultado superou minhas expectativas. Para ajudar no tratamento, uso xampu adequado e tomo um remédio indicado.”
ANTES E DEPOIS
Implante realizado há quase um ano e os cabelos continuam crescendo
ANTES
DEPOIS