Guarda compartilhada: casais dividem cuidados e despesas com o pet
Da disciplina às despesas com alimentação e veterinário, alguns casais dividem a tarefa de criar um pet
Revista do CB - Correio Braziliense
Publicação:13/06/2015 10:00Atualização: 13/06/2015 14:36
A cadelinha sem raça definida tem 1 ano e divide as atenções do casal. Ela foi adotada com 2 meses de idade, por decisão conjunta. “Já tínhamos conversado sobre ter um pet. Um dia, vi a foto da Pituxa e falei com a Gabriela. Ela concordou e fomos buscá-la”, conta Sami Sternberg.
De acordo com ele, a cachorrinha obedece aos dois da mesma forma. “A Gabriela é como se fosse a mãe e eu, o pai. Mas acredito que a a Pituxa é mais afetiva comigo e mais obediente com ela”, afirma. Os dois dividem a responsabilidade igualmente. Pituxa mora com o “pai”. “Na casa do Sami tem mais espaço, mas sempre estou por perto. A gente divide as despesas com brinquedos, ração e veterinário”, conta a estudante.
Sami afirma que há muita parceria entre eles. “A gente mora perto. Sempre que preciso de alguma ajuda vou até lá. Quando viajo, a Pituxa fica na casa da Gabriela”, diz Sternberg. O casal se desdobra pelo bem da cadela. “A gente se organiza muito para cuidar dela. Quando eu não posso passear, ele vai e vice-versa. É como se fosse um filho para gente”, afirma.
Pituxa também é um sucesso no Instagram. Sami criou um perfil para a mascote e já conta com 250 seguidores. O @vidadepituxa é atualizado quase todos os dias. “Ele adora tirar fotos, postava coisas sobre a Pituxa todos os dias, então eu dei a ideia de ele fazer um perfil somente para ela”, conta Gabriela.
Juntos há dois anos, eles não pretendem adotar mais pets por falta de espaço. De acordo com o casal, a pequena tem um comportamento calmo. “Ela aprontava muito quando era filhote. Comia os móveis e e bagunçava bastante. Mas, hoje, é calma e alegre”, afirma Sami.
É possível um cão ter vários donos e obedecer todos da mesma forma? De acordo com o adestrador Carlos Júnior, o desafio é viável. A principal questão é estabelecer um padrão de comportamento para o pet. “Um casal deve sempre manter a ordem e estabelecer o que deve ser feito para o bicho. Nada de um tirar a autoridade do outro, é como se fosse uma criança mesmo”, explica.
Para garantir isso, é preciso o casal participar junto da construção do comportamento. Esse investimento pode valer à pena, já que os animais podem até mesmo melhorar a vida a dois. Em 2013, um estudo da Universidade de Buffalo (Nova York, Estados Unidos) afirmou que a presença dos pets torna a vida a dois mais feliz. A pesquisa entrevistou 240 casais e descobriu que aqueles com cão ou gato têm “um relacionamento mais próximo, estão mais satisfeitos no casamento e respondem melhor ao estresse”.
Alguns bichinhos têm o perfil de cães de família, outros, de um dono só. Os que vivem com apenas uma pessoa — geralmente os de origem oriental (akita e chow-chow, por exemplo) — adotam comportamento diferente. “Esse tipo de cão pode até ter uma convivência amigável com outras pessoas, mas sempre vai obedecer o ‘preferido’”, explica o adestrador Carlos Júnior.
Os cachorros “de família” (labrador, box, pastor-alemão, por exemplo) tendem a respeitar todos os moradores da casa. “A questão da autoridade está ligada com o jeito de se relacionar com o pet”, afirma o adestrador. É importante ressaltar que esse é o padrão de comportamento mais comum, mas existem exceções em todas as raças.
Há quase um ano, Sami e Gabriela dividem os cuidados com Pituxa
Saiba mais...
Ter um pet em casa é muita responsabilidade. Alguns casais de namorados dividem os animais como se fossem pai e mãe. Antes de tudo, é preciso ter responsabilidade para criar e separar as tarefas. Os estudantes Sami Sternberge e Gabriela Moreira, ambos de 22 anos, entendem bem esse conceito e, juntos, criam a pequena Pituxa.A cadelinha sem raça definida tem 1 ano e divide as atenções do casal. Ela foi adotada com 2 meses de idade, por decisão conjunta. “Já tínhamos conversado sobre ter um pet. Um dia, vi a foto da Pituxa e falei com a Gabriela. Ela concordou e fomos buscá-la”, conta Sami Sternberg.
De acordo com ele, a cachorrinha obedece aos dois da mesma forma. “A Gabriela é como se fosse a mãe e eu, o pai. Mas acredito que a a Pituxa é mais afetiva comigo e mais obediente com ela”, afirma. Os dois dividem a responsabilidade igualmente. Pituxa mora com o “pai”. “Na casa do Sami tem mais espaço, mas sempre estou por perto. A gente divide as despesas com brinquedos, ração e veterinário”, conta a estudante.
Sami afirma que há muita parceria entre eles. “A gente mora perto. Sempre que preciso de alguma ajuda vou até lá. Quando viajo, a Pituxa fica na casa da Gabriela”, diz Sternberg. O casal se desdobra pelo bem da cadela. “A gente se organiza muito para cuidar dela. Quando eu não posso passear, ele vai e vice-versa. É como se fosse um filho para gente”, afirma.
Pituxa também é um sucesso no Instagram. Sami criou um perfil para a mascote e já conta com 250 seguidores. O @vidadepituxa é atualizado quase todos os dias. “Ele adora tirar fotos, postava coisas sobre a Pituxa todos os dias, então eu dei a ideia de ele fazer um perfil somente para ela”, conta Gabriela.
Juntos há dois anos, eles não pretendem adotar mais pets por falta de espaço. De acordo com o casal, a pequena tem um comportamento calmo. “Ela aprontava muito quando era filhote. Comia os móveis e e bagunçava bastante. Mas, hoje, é calma e alegre”, afirma Sami.
É possível um cão ter vários donos e obedecer todos da mesma forma? De acordo com o adestrador Carlos Júnior, o desafio é viável. A principal questão é estabelecer um padrão de comportamento para o pet. “Um casal deve sempre manter a ordem e estabelecer o que deve ser feito para o bicho. Nada de um tirar a autoridade do outro, é como se fosse uma criança mesmo”, explica.
Para garantir isso, é preciso o casal participar junto da construção do comportamento. Esse investimento pode valer à pena, já que os animais podem até mesmo melhorar a vida a dois. Em 2013, um estudo da Universidade de Buffalo (Nova York, Estados Unidos) afirmou que a presença dos pets torna a vida a dois mais feliz. A pesquisa entrevistou 240 casais e descobriu que aqueles com cão ou gato têm “um relacionamento mais próximo, estão mais satisfeitos no casamento e respondem melhor ao estresse”.
Alguns bichinhos têm o perfil de cães de família, outros, de um dono só. Os que vivem com apenas uma pessoa — geralmente os de origem oriental (akita e chow-chow, por exemplo) — adotam comportamento diferente. “Esse tipo de cão pode até ter uma convivência amigável com outras pessoas, mas sempre vai obedecer o ‘preferido’”, explica o adestrador Carlos Júnior.
Os cachorros “de família” (labrador, box, pastor-alemão, por exemplo) tendem a respeitar todos os moradores da casa. “A questão da autoridade está ligada com o jeito de se relacionar com o pet”, afirma o adestrador. É importante ressaltar que esse é o padrão de comportamento mais comum, mas existem exceções em todas as raças.