Maior escolaridade pode ser arma contra aids nos países mais atingidos
Um ano escolar a mais permitiria diminuir em até 8% o risco de infecção pelo vírus HIV ao longo dos dez anos seguintes
AFP - Agence France-Presse
Publicação:30/06/2015 10:41Atualização: 30/06/2015 10:50
A pesquisa foi realizada com 7 mil jovens homens e jovens mulheres com idades de pelo menos 18 anos no momento da entrevista. Botswana é um dos países com taxa mais elevada de infecções pelo HIV, com cerca de 22% dos habitantes com idades entre 15 e 40 anos soropositivos em 2013.
O país modificou seu sistema escolar em 1996 para prolongar o tempo de escola em mais seis meses, o que permitiu que os pesquisadores comparassem jovens que fizeram seus estudos antes ou depois da alteração.
O impacto dessa extensão na escolaridade foi "particularmente claro entre as mulheres", atingindo 12% para um ano de escolaridade a mais.
O papel dos fatores sócio-econômicos na progressão da aids já era conhecido, mas nenhum estudo havia demonstrado a importância da escolaridade.
Segundo um dos co-autores do estudo, Jan-Walker de Neve, da Escola de Saúde Pública de Boston, a educação permite especialmente "aumentar as oportunidades econômicas e reduzir a participação das mulheres em relações sexuais consideradas de alto risco".
Os autores do estudo ressaltam também que mais tempo na escola secundária pode ser uma medida "muito econômica" para prevenir o desenvolvimento da aids nas zonas endêmicas.
"A escola deve fazer parte de uma estratégia multilateral de prevenção da aids, ao lado de outras intervenções", explicou o outro co-autor do estudo, Jacob Bor.
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Uma extensão do ensino secundário pode ser um método eficaz e econômico para reduzir o número de casos de aids nos países mais afetados pelo vírus, de acordo com um estudo realizado em Botswana. Segundo a pesquisa, publicada nesta segunda-feira pela revista médica The Lancet Global Health, um ano escolar a mais permitiria diminuir em até 8% o risco de infecção pelo vírus HIV ao longo dos dez anos seguintes. A pesquisa foi realizada com 7 mil jovens homens e jovens mulheres com idades de pelo menos 18 anos no momento da entrevista. Botswana é um dos países com taxa mais elevada de infecções pelo HIV, com cerca de 22% dos habitantes com idades entre 15 e 40 anos soropositivos em 2013.
O país modificou seu sistema escolar em 1996 para prolongar o tempo de escola em mais seis meses, o que permitiu que os pesquisadores comparassem jovens que fizeram seus estudos antes ou depois da alteração.
O impacto dessa extensão na escolaridade foi "particularmente claro entre as mulheres", atingindo 12% para um ano de escolaridade a mais.
O papel dos fatores sócio-econômicos na progressão da aids já era conhecido, mas nenhum estudo havia demonstrado a importância da escolaridade.
Segundo um dos co-autores do estudo, Jan-Walker de Neve, da Escola de Saúde Pública de Boston, a educação permite especialmente "aumentar as oportunidades econômicas e reduzir a participação das mulheres em relações sexuais consideradas de alto risco".
Os autores do estudo ressaltam também que mais tempo na escola secundária pode ser uma medida "muito econômica" para prevenir o desenvolvimento da aids nas zonas endêmicas.
"A escola deve fazer parte de uma estratégia multilateral de prevenção da aids, ao lado de outras intervenções", explicou o outro co-autor do estudo, Jacob Bor.